quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

➤DESTAQUES


Trump sugere armar professores contra ameaça de atiradores
Estudantes e parentes de vítimas do ataque que deixou 17 mortos na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, reuniram-se nesta quarta-feira, 21, na Casa Branca com o presidente dos Estados UnidosDonald Trump, e pediram leis mais rígidas para controlar a venda de armas de fogo. Em resposta, Trump sugeriu armar e treinar professores e funcionários de escolas.
“Estamos aqui porque minha filha não tem mais voz – ela foi assassinada na semana passada, alvejada nove vezes”, disse Andrew Pollack, pai de Meadow Pollack, de 18 anos, uma das 17 pessoas mortas na Marjory Stoneman Douglas. “Quantas escolas, quantos filhos têm de ser baleados? Isso tem de parar aqui.”
Por quase uma hora e meia, Trump escutou relatos e opiniões, como a de Andrew Pollack, de parentes e vítimas da escola de Parkland e também de vítimas do ataque de Columbine, que deixou 13 mortos em 1999, e o de Sandy Hook, onde 26 crianças e adultos foram assassinados em 2012. 
Trump defendeu a ideia de armar professores e funcionários para revidar a possíveis ataques. “Não pode existir uma área livre de armas, porque, para um louco, isso é um convite para o ataque. Se você tiver 20% dos seus professores portando armas, ou ex-fuzileiros ou profissionais treinados, trazidos de volta à ativa para trabalhar nessas escolas, o cenário seria muito diferente.”

Ex-diretor da Dersa tinha R$ 113 milhões em contas na Suíça
Uma offshore panamenha cujo beneficiário é o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza chegou a ter 35 milhões de francos em quatro contas na Suíça em 2016. O valor, que à época equivaleria a R$ 113 milhões, foi verificado nas contas em julho de 2016 mas, em fevereiro do ano passado, foi transferido para contas em um outro banco, sediado nas Bahamas.
A informação foi passada pelo Ministério Público daquele país a procuradores federais de São Paulo.
As informações motivaram a juíza federal Maria Isabel do Prado a determinar, em outubro do ano passado, a quebra do sigilo bancário de Vieira e o bloqueio de valores nas contas suíças.
Além disso, a juíza determinou que sejam repassados os documentos referentes a todas as transações feitas nas contas desde a sua criação.
A decisão estava em segredo de Justiça, mas a defesa do ex-diretor da Dersa incluiu o documento em um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Corte suspenda o acordo de cooperação internacional com o Ministério Público suíço.
De acordo com o Ministério Público Federal brasileiro, as contas na Suíça foram abertas em 2007 pela offshore Groupe Nantes S/A, e os valores eventualmente transferidos para contas no banco Deltec Bank and Trust Limited, sediado em Nassau, nas Bahamas.
Os procuradores também apontaram que segundo, dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), Vieira movimentou quantias superiores a R$ 2,5 milhões entre 2009 e 2010, "revelando patrimônio incompatível com o cargo público ocupado".

Odebrecht entrega e-mails sobre terreno do Instituto Lula
Os advogados de Marcelo Odebrecht apresentaram nesta quarta-feira (21) 21 e-mails trocados entre o empresário e funcionários da empreiteira que, segundo eles, comprovam a negociação envolvendo a compra do terreno para o Instituto Lula.
As mensagens eletrônicas estavam no computador pessoal de Marcelo e foram selecionadas depois que ele passou a cumprir pena em casa.
Segundo a defesa do empresário, as mensagens reforçam o que Marcelo afirmou na delação premiada a respeito da compra, pela Odebrecht, do terreno que abrigaria a sede do Instituto Lula, em São Paulo, em setembro de 2010. A obra nunca saiu do papel.
Em um desses e-mails, o ex-executivo da Odebrecht Paulo Melo pede que o setor de propinas do grupo programe três pagamentos e solicita que Marcelo os autorize.
Os mesmos valores aparecem na planilha Italiano, relacionados à linha "prédio IL". De acordo com a Lava Jato, Italiano é uma referência ao ex-ministro Antônio Palocci, que admitiu gerenciar pagamentos ilícitos.
Na ação que investiga a compra do terreno, o juiz Sérgio Moro já ouviu as testemunhas de defesa e de acusação e também todos os réus na ação, incluindo o ex-presidente Lula. Não há data para que o juiz dê a sentença do caso.

São Paulo e Amazonas receberão 530 refugiados venezuelanos
O governo federal vai distribuir, dentro de duas semanas, 530 refugiados venezuelanos que estão atualmente abrigados em Roraima para outros dois estados: São Paulo e Amazonas. A capital paulista vai receber 350 imigrantes, enquanto outros 180 serão encaminhados para Manaus.
O deslocamento não vai ocorrer imediatamente porque os venezuelanos estão sendo vacinados contra sarampo e difteria, e o prazo para que a imunização faça efeito é de duas semanas.
A medida foi anunciada nesta quarta-feira após a primeira reunião do comitê de assistência emergencial criado pelo presidente Michel Temer para tratar da crise humanitária envolvendo os venezuelanos refugiados. A prefeitura de Boa Vista estima que cerca de 40 mil venezuelanos tenham entrado na cidade ao fugir da crise econômica e política no país vizinho. O número corresponde a mais de 10% da população local, de cerca de 330 mil habitantes.
Para os que continuam dormindo nas praças de Pacaraima, fronteira com a Venezuela, e Boa Vista, capital de Roraima, o governo anunciou a construção de centros de apoio e triagem. Cada um terá a capacidade de receber 1,5 mil pessoas.

Exército encontra 48 celulares em presídio do Rio
A população aguardava tropas e tanques nas ruas, mas a primeira operação supervisionada pelo comando da intervenção federal na segurança pública do Rio aconteceu, ontem, em um presídio. Algumas horas depois de o Senado ter aprovado o decreto assinado pelo presidente Michel Temer na última sexta-feira, um comboio do Exército se dirigiu à Penitenciária Milton Dias Moreira, em Japeri, onde detentos fizeram uma rebelião, no último domingo. Durante uma varredura que começou no início da manhã e se estendeu até as 14h, foram encontrados 48 celulares e barras de ferro dentro de celas. A cadeia não tinha detectores de metais funcionando, e, para piorar, nunca contou com bloqueador de sinal de telefonia. A corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária abriu uma sindicância, em acordo com o que autoridades federais estabeleceram como prioridade da atuação militar no estado: o combate à corrupção.
A operação seguiu diretrizes da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) decretada em 28 de julho do ano passado, mas, na prática, foi uma clara resposta à rebelião que, no domingo, durou oito horas. Na ocasião, um grupo armado, depois de uma frustrada tentativa de fuga, fez 18 reféns, entre agentes penitenciários e “faxinas” — como são chamados os detentos que têm autorização para sair das celas. Três presos ficaram feridos numa troca de tiros com policiais militares. Ontem, uma tropa de 250 militares foi enviada ao presídio, sob a supervisão do general de divisão Mauro Sinott Lopes, segundo homem na hierarquia da intervenção federal.

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