Juiz condena Cabral e manda Adriana voltar
A Justiça Federal do Rio condenou pela quarta vez o
ex-governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), nesta terça-feira, 19. Na
decisão, relativa à Operação Eficiência, Cabral foi sentenciado a mais 15
anos de prisão por lavagem de dinheiro. Somadas todas as condenações até agora,
o peemedebista tem 87 anos de pena a cumprir. O ex-governador responde a outras
treze ações penais nas quais ainda não houve sentença.
Na decisão desta terça, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara
Federal Criminal, também condena a ex-primeira dama do Estado, Adriana Ancelmo,
a oito anos de reclusão, em regime semiaberto. Adriana foi liberada da Cadeia
Pública José Frederico Marques, em na zona norte, na manhã desta terça-feira,
19, após despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
As provas reunidas nas Operações Calicute e Eficiência do
Ministério Público Federal (MPF) apontaram que Cabral e integrantes de seu
suposto esquema de corrupção promoveram lavagem de ativos no Brasil. As
operações ocorreram por meio de pagamento de despesas pessoais do ex-governador
e seus familiares e movimentação de valores ilícitos.
Juiz Marcelo Bretas |
Em sua sentença, Bretas sustenta que Cabral é o principal
idealizador do “audaz” esquema de lavagem de dinheiro que movimentou milhões no
Brasil e no exterior.
“A magnitude de tal esquema impressiona, seja pela
quantidade de dinheiro espúrio movimentado (milhões), seja pelo número de
pessoas envolvidas na movimentação desses recursos. Além disso, a lavagem de
dinheiro que tem como crime antecedente a corrupção reveste-se de maior
gravidade, por motivos óbvios, merecendo o seu mentor intelectual juízo de reprovação
mais severo”, argumentou.
Já sobre Adriana, o juiz argumenta que a culpabilidade da
ré no esquema “se mostra bastante acentuada”.
Agência Estado
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