Caravana de Lula pelo Rio termina esvaziada
Foto: O Globo/Reprodução |
Encerrada com um ato na noite desta sexta-feira (8) na
Universidade Estadual do Rio (UERJ), a terceira etapa da caravana do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Brasil encontrou acolhida morna em
um velho reduto petista: a Baixada Fluminense.
No fim da tarde de quinta-feira (7), um ato na cidade de
Belford Roxo – onde Lula e a ex -presidente Dilma Rousseff já conquistaram mais
de 70% dos votos nas disputas presidenciais – reuniu pouco mais de 400
militantes, nos cálculos de um petista.
Em Duque de Caxias, cidade visitada antes, foram fechadas
duas ruas laterais à praça onde o ato foi realizado. Mas apenas uma lateral do
carro de som foi ocupada por militantes. À noite, em Nova Iguaçu, a grande
praça reservada ao encontro teve ocupação parcial.
Ex-prefeito de Nova Iguaçu, o senador Lindbergh Farias
(RJ) afirma que nunca houve pretensão de grande concentração de apoiadores.
Segundo Lindbergh, a simples presença do ex-presidente na região já tem
repercussão.
“Em Duque de Caxias, há circuito de som. As pessoas ouvem
mesmo sem estar presente”, exemplifica o senador.
No Rio, também foi baixa a presença de apoiadores nas
atividades de natureza sindical. Na quarta-feira (6), um protesto contra a
interrupção das obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)
reuniu cerca de 200 pessoas.
Para a tarde desta quinta-feira (7), estavam previstas
visitas em duas comunidades em Nova Iguaçu. Os participantes foram orientados a
se concentrar em uma só, na porta da estação de tratamento de esgotos do
Guandu. Ainda assim, cerca de 150 estiveram lá.
Em um carro de som, o coordenador da caravana e
vice-presidente do PT, Márcio Macedo, frisou que aquela era uma parada.
Estudantes
Na edição 2017 de sua caravana, Lula dedicou agenda aos
estudantes encerrando essa terceira etapa na concha acústica da UERJ, com
participação de mais de 2 mil pessoas.
Pela manhã, com alunos da Universidade Federal Rural do
Rio de Janeiro (UFRRJ), Lula comparou os efeitos das reformas do governo Temer
aos de uma cirurgia, em que o paciente só tem noção das dores no pós-cirúrgico,
ou ao tratamento de um câncer.
“Vocês estão saindo da anestesia agora e vai doer muito”,
disse.
Ao lado do ex-prefeito Fernando Haddad, do ex-ministro
Celso Amorim e do líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, Lula disse que os
“trabalhadores ainda não acordaram para a bordoada que levaram”.
O ex-presidente defendeu a federalização do ensino médio
e voltou a responsabilizar a Lava Jato pela crise no Rio. Ele disse que que os
delatores estão levando uma vida de nababo, fumando seus charutos cubanos e
rindo de nossas caras.
Gazeta do Povo
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