Câmara vota hoje denúncia contra Temer e ministros
O plenário da Câmara deve votar nesta quarta-feira a
segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra
o presidente Michel Temer. Ele é denunciado pelos crimes de obstrução da
Justiça e organização criminosa. No mesmo processo, são denunciados ainda os
ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral
da Presidência, por organização criminosa. Durante a votação, os deputados irão
decidir se autorizam o Supremo Tribunal Federal (STF) a investigar o presidente
e os ministros. Para isso, são necessários que 342 dos 513 deputados votem pela
autorização do prosseguimento da denúncia na Justiça, conforme determina a
Constituição Federal. Se isso não ocorrer, a denúncia fica suspensa e o
presidente só poderá ser processado após deixar o mandato. A denúncia já foi
analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que aprovou
o parecer do relator Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) por sua inadmissibilidade.
Pesquisa: 68% dos bolivianos não querem nova candidatura
de Morales
Pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos e divulgada nessa
terça-feira mostrou que 68% dos bolivianos rejeitam a possibilidade de o
presidente do país, Evo Morales, ser candidato nas eleições de 2019 para tentar
o quarto mandato seguido. A informação é da Agência EFE. Foram ouvidas 1.000 pessoas nas dez principais cidades do
país entre os dias 1º e 10 de outubro, com uma margem de erro de 3,1 pontos
percentuais. O apoio para que Morales volte a se candidatar é de 30%, de acordo
com a pesquisa. Em nove cidades, a rejeição às pretensões do presidente está
entre 53% e 83%. Em La Paz, a capital do país, 67% dos moradores se opõem à
candidatura de Morales. Já em Santa Cruz de La Sierra, esse índice chega a 75%.
A única cidade que apoia uma reeleição de Morales é El Alto, vizinha de La Paz,
com 52% - 46% rejeitam a hipótese.
Fôlego da Lava Jato está nas mãos do Supremo
O futuro da Lava Jato passa pelas mãos dos onze ministros
do Supremo Tribunal Federal de acordo com dois dos principais protagonistas da
maior operação de combate à corrupção do País: o juiz Sérgio Moro e o
procurador da República Deltan Dallagnol. Ao menos quatro pontos discutidos na
Corte, segundo eles, são considerados essenciais: a restrição ao foro
privilegiado, o uso das prisões preventivas, a execução da pena após decisão de
segundo grau de Justiça e as delações premiadas. Dallagnol atacou: “O dinheiro
continua circulando em malas anos depois do início da Lava Jato. Regras são
gestadas no Congresso Nacional para beneficiar políticos. Ministros do Supremo
soltam e ‘ressoltam’ corruptos poderosos. Regras estão sendo gestadas no STF
que implicarão enormes retrocessos na luta contra a corrupção”. Magistrado e procurador participaram nesta terça-feira,
24, do Fórum Estadão
Mãos Limpas e Lava Jato, no auditório do Grupo Estado.
Polícia age contra grupo suspeito de atacar viaturas da
polícia, partidos e banco
A Polícia Civil realiza uma operação nesta quarta-feira
(25) contra um grupo de mais de 30 pessoas suspeitas de participarem de ataques
a viaturas policiais, bancos, concessionárias de veículos, sedes de partidos
políticos, delegacias e prédios públicos. São cumpridos 10 mandados de busca e
apreensão nas cidades de Porto Alegre, Viamão e Novo Hamburgo, na Região
Metropolitana. Cerca de 50 policiais participam da ação que é fruto de
investigação conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia da capital gaúcha. A
investigação durou um ano, e para o delegado Paulo Cesar Jardim, responsável
pelo caso, o grupo é uma quadrilha que se esconde por trás de uma organização
política e movimentos internacionais para cometer vandalismo. "São grupos
do mal, agem de forma organizada para botar fogo em carros e prédios. São
contra tudo, contra o sistema", afirma Jardim. A apuração começou no dia
24 de outubro de 2016, quando uma viatura da 1ª DP foi incendiada ao lado da
delegacia, no Centro de Porto Alegre. O fato não foi divulgado porque logo em
seguida, os agentes descobriram que se tratava de uma ação organizada. O grupo
é suspeito de ter cometido pelo menos 11 ataques semelhantes em pouco mais de
dois anos.
Analistas esperam reajustes maiores nas contas de luz em 2018
Com a previsão de um rombo de R$ 6 bilhões das
distribuidoras este ano e com reservatórios de hidrelétricas em patamares
inferiores aos de 2001, ano do racionamento, o governo estuda socorrer o setor
elétrico. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na terça-feira em
São Paulo que estão em análise alternativas para ajudar as empresas, mas
observou que as medidas não podem causar desequilíbrio no Orçamento. Entre as
medidas que podem auxiliar as empresas, a Aneel avalia autorizar as
distribuidoras a adiarem o pagamento pela energia às geradoras para o último
dia do mês. Outra ação em análise é o repasse de recursos do fundo setorial
Conta de Energia de Reserva, que está superavitário em cerca de R$ 1 bilhão.
Nestes dois casos, não há custo extra para o consumidor. Uma primeira ação já
foi colocada em prática. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou um aumento
de 42,8% no valor cobrado pela bandeira vermelha no patamar 2, a cota extra em vigor
atualmente no país.
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