Janot quer bloqueio de R$ 6,5 bi de Lula, Dilma e PT
Foto: Estadão/Reprodução |
O procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu o
bloqueio de R$ 6,5 bilhões dos
ex-presidentes Lula e Dilma, dos ex-ministros Antônio Palocci (Fazenda e Casa
Civil), Guido Mantega (Fazenda), Paulo Bernardo (Planejamento), Edinho Silva
(Secretaria da Comunicação) e Gleisi Hoffman (Casa Civil) e, ainda, do
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto.
Janot também requereu a condenação de todos os acusados à
reparação de danos materiais e morais ‘causados por suas condutas’, fixando-se
um valor mínimo global de R$ 300
milhões.
“Os prejuízos decorrentes da corrupção são difusos
(lesões à ordem econômica, à administração da justiça e à administração
pública, inclusive à respeitabilidade do parlamento perante a sociedade
brasileira), sendo dificilmente quantificados.”
Os pedidos foram apresentados no corpo da denúncia que
Janot levou ao Supremo Tribunal Federal contra o ‘quadrilhão’ do PT. O
procurador atribui a Lula, Dilma e aos ex-ministros e ao ex-tesoureiro formação
de organização criminosa para crimes contra a administração pública.
O procurador aponta para a ‘existência de elementos
suficientes de materialidade e autoria delitivas’.
“Lula foi o grande idealizador da constituição da
organização criminosa, na medida em que negociou diretamente com empresas
privadas o recebimento de valores para viabilizar sua campanha eleitoral à
presidência da República em 2002 mediante o compromisso de usar a máquina
pública, caso eleito (como o foi), em favor dos interesses privados deste grupo
de empresários”, sustenta o procurador.
Na acusação formal levada ao Supremo, Janot enfatiza.
“Durante sua (Lula) gestão, não apenas cumpriu com os compromissos assumidos
junto a estes (empresários), como atuou diretamente e por intermédio de
Palocci, para que novas negociações ilícitas fossem entabuladas como forma de
gerar maior arrecadação de propina.”
Ainda sobre Lula. “Foi o grande responsável pela coesão
do núcleo político da organização criminosa e pela indicação de Dilma como
candidata do PT à presidência da República em 2010. Essa condição permitiu-lhe
continuar a influenciar o governo da sua sucessora e a fazer disso mais um
balcão de negócios para recebimento de vantagens ilícitas.”
Ao final da denúncia, Janot pede a decretação da perda da
função pública para os condenados detentores de cargo ou emprego público ou
mandato eletivo, ‘principalmente por terem agido com violação de seus deveres
para com o Poder Público e a sociedade’.
Ainda, a decretação da perda em favor da Petrobrás, com
base no artigo 7.º da Lei 9.613/1998, dos bens e valores objeto de lavagem de
dinheiro no caso, no valor originário total de R$ 6,5 bilhões, ‘que é o que foi
atribuído pela própria Petrobrás a ser acrescido de juros e correção
monetária’.
COM A PALAVRA, O PT
“A denúncia apresentada nesta terça-feira (5/9) pela
Procuradoria Geral da República parece uma tentativa do atual procurador-geral
de desviar o foco de outras investigações, que também envolvem um membro do
Ministério Público Federal, no momento em que ele se prepara para deixar o
cargo.
Não há fundamento algum nas acusações contra o Partido
dos Trabalhadores. Desde o início das investigações da Lava Jato, o PT vem
denunciando a perseguição e a seletividade de agentes públicos que tentam
incriminar a legenda para enfraquecê-la politicamente.
Esperamos que essas mentiras sejam tratadas com
serenidade pela justiça brasileira, e terminem arquivadas como já ocorreu com
outras denúncias sem provas apresentadas contra o partido.
Assessoria de Imprensa do Partido dos Trabalhadores”
Agência Estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário