Filhos e enteados de Jucá são alvo da Anel de Giges
A Polícia Federal em Roraima, em conjunto com a Receita
Federal, deflagrou a Operação Anel de Giges, na manhã desta quinta-feira, 22,
com o objetivo de investigar organização criminosa acusada de peculato, lavagem
de dinheiro e desvios de verbas públicas. Dois filhos e dois enteados do
senador Romero Jucá (PMDB-RR) são alvo da operação. Em nota, a PF informou que
estão sendo cumpridos 17 mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal de
Roraima, sendo nove mandados de busca e apreensão e oito mandados de condução
coercitiva em Boa Vista/RR, Brasília/DF e Belo Horizonte/MG. São alvos de busca
e apreensão e condução coercitiva os filhos de Romero Jucá, Rodrigo de Holanda
Menezes Jucá e Marina de Holanda Menezes Jucá, e os filhos da prefeita de
Boa Vista, Teresa Surita, Luciana Surita da Motta Macedo, Ana Paula Surita
Motta Macedo. Os investigados estão sendo conduzidos coercitivamente à Polícia
Federal, interrogados e indiciados pelos crimes de peculato, lavagem de
dinheiro e organização criminosa que preveem penas de até 30 anos de
reclusão.
Senado quer livrar Aécio do STF, mas puni-lo no Conselho
de Ética
Os principais articuladores políticos do Senado já
desenharam o destino do senador Aécio Neves (PSDB-MG). O plano é revogar
as duas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o tucano e,
para não parecer uma afronta, instaurar um processo contra ele no Conselho de
Ética da Casa. Com isso, tentarão demonstrar que o voto não é para livrar Aécio
de punição, mas em defesa da constitucionalidade. O afastamento do tucano do
mandato e o recolhimento noturno devem ser rejeitados pelo plenário com esse
argumento. As
medidas foram determinadas pela Primeira Turma do STF na terça-feira. O
Senado quer dizer ao Supremo que não irá aceitar interferência na Casa, uma vez
que entende que não há previsão constitucional para que a Corte tenha tomado
tais medidas punitivas. Em outra frente, será aberto o processo no Conselho de
Ética, que pode levar a suspensão e, até mesmo, a cassação do mandato do
tucano. Ou seja, Aécio não deixaria de ser punido, mas dentro das regras. A
representação contra ele deve ser assinada por um dos partidos da oposição, PT
ou REDE.
Huck e empresários criam fundo para apoiar candidatos
Um grupo de empresários, liderado por Eduardo Mufarej,
sócio da Tarpon Investimentos e presidente da Somos Educação S.A., vai anunciar
na próxima semana a criação do chamado “Fundo Cívico”. A ideia é proporcionar
bolsas de estudo para pessoas interessadas em se candidatar ao Legislativo nas
eleições de 2018. Além de Mufarej, fazem parte desse grupo (como coordenadores
ou investidores) figuras como o publicitário Nizan Guanaes, o ex-presidente do
Banco Central Arminio Fraga, o empresário Abílio Diniz e o apresentador de TV Luciano
Huck. A intenção do grupo seria a de tentar eleger de 70 a cem deputados
federais na próxima eleição. Mufarej foi procurado pela reportagem para
confirmar as pretensões do “Fundo Cívico”, mas não retornou às ligações. A
assessoria do projeto afirmou que “os detalhes ainda estariam sendo
discutidos”. A divulgação está prevista para ocorrer na próxima semana.
Carta de Palocci cita sete ações contra Lula
Escrita de próprio punho na cadeia, em Curitiba, e
posteriormente entregue a seus advogados para ser transformada em três páginas
digitadas, a carta assinada pelo ex-ministro Antonio Palocci cita sete casos
investigados pela Operação Lava Jato que têm entre
os alvos os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
e Dilma Rousseff (PT). O texto no
qual o ex-ministro pede sua desfiliação do PT foi encaminhado à presidente do
partido, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), na
terça-feira, 26, no dia em que o ex-ministro completou um ano preso. De forma direta e indireta, o texto sugere ter havido
corrupção nos casos do sítio de Atibaia, triplex do Guarujá (caso em que o
ex-presidente foi condenado a 9 anos e 6 meses de prisão), apartamento de São
Bernardo, terreno e doações financeiras ao Instituto
Lula, doações ao partido e às campanhas e detalha a suposta
cobrança explícita de propinas pelo ex-presidente nos negócios da Petrobras no
pré-sal. A carta de Palocci foi uma resposta ao PT, que deu início ao processo
de expulsão da legenda após ele ter incriminado Lula em depoimento à Justiça no
dia 6 de setembro.
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