Ao menos 12 mortos na eleição da Constituinte
Ministério Público anuncia investigações sobre ataques a
manifestantes; oposição convoca bloqueio de vias
Os venezuelanos estão votando neste domingo para eleger
uma nova Assembleia Nacional Constituinte em meio a um clima de tensão que
ocorre depois de meses de protestos no país. Ao menos 12 mortes foram
registradas.
O governo venezuelano proibiu manifestações durante e após as eleições — aqueles que violarem a medida podem ser condenados a dez anos de prisão. Apesar da determinação, a oposição convocou seus aliados a bloquear as vias principais dos 23 estados do país, em um protesto contra a votação e o governo de Nicolás Maduro. A manifestação foi combatida violentamente por policiais em algumas áreas de Caracas, Maracaibo (no Oeste do país) e Puerto Ordaz (Leste).
O governo venezuelano proibiu manifestações durante e após as eleições — aqueles que violarem a medida podem ser condenados a dez anos de prisão. Apesar da determinação, a oposição convocou seus aliados a bloquear as vias principais dos 23 estados do país, em um protesto contra a votação e o governo de Nicolás Maduro. A manifestação foi combatida violentamente por policiais em algumas áreas de Caracas, Maracaibo (no Oeste do país) e Puerto Ordaz (Leste).
O Ministério Público do país anunciou que investiga
mortes ocorridas em cinco incidentes horas antes da votação. Entre elas, os
disparos que atingiram o advogado José Félix Pineda, de 39 anos, candidato à
Assembleia, durante um assalto em sua casa sábado à noite, na Ciudad Bolivar,
capital do estado Bolívar.
No estado de Sucre, são investigadas as mortes do
manifestante Marcel Pereira, de 38 anos, e Ricardo Campos, de 30 anos,
secretário juvenil da Ação Demorática. Sua morte foi anunciada pelo presidente
da Assembleia Nacional, o deputado Henry Ramos, da Mesa da Unidade de
Democrática (MUD).
Em um protesto na Mérida, capital do estado mesmo nome,
morreram Angelo Méndez, de 28 anos, e Eduardo Olave, 39. Segundo os promotores,
ambos foram feridos com armas de fogo.
No Twitter, a morte de outras pessoas foi denunciada,
inclusive por parlamentares, mas a promotoria não se pronunciou sobre estes
casos.
Segundo o deputado Daniel Antequera, Luis Zambrano, um
atleta de 43 anos, teria sido morto durante manifestação contra o governo na
cidade de Barquisimeto no estado de Lara.
— Lamentamos informar ao país que no setor Obelisco de
Barquisimeto esta ditadura criminal assassinou Luis Zambrano — disse o
deputado.
A jornalista Maryerlin Villanueva divulgou, em sua conta
na rede social, que habitantes de La Grita responsabilizam um integrante da PNB
(Polícia Nacional Bolivariana) pelo assassinato de um jovem de 19 anos em
Mérida. A vítima ainda não foi identificada.
Em Caracas, pelo menos quatro policiais militares foram
feridos em uma manifesto contra oposicionistas.
Agência Globo
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