Após queda de Aécio, Alckmin
quer prévias para escantear Doria*
quer prévias para escantear Doria*
Focado em ser o candidato do PSDB à Presidência,
governador age para ter comando do partido
Vera Magalhães
Principal beneficiado, no PSDB, da queda em desgraça de
Aécio Neves, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se preocupa mais com a
convenção que definirá o novo comando da sigla do que com o dilema hamletiano
de ser ou não ser aliado ao governo Michel Temer.
Alckmin usa como trunfo o fato de ter sido o único
grão-tucano a defender, desde a queda de Dilma Rousseff, que o partido apoiasse
as reformas sem ocupar cargos na Esplanada. Portanto, não poderá ser cobrado
por incoerência, tem dito a quem lhe pergunta.
Em recente encontro em São Paulo com representantes do
empresariado e economistas, Alckmin se apresentou com a desenvoltura de quem
acredita que voltou ao início da fila dos presidenciáveis tucanos. E fez a
defesa da aprovação das reformas mesmo em caso de desembarque.
Os presentes ao encontro, na sua maioria entusiasta de
uma candidatura de João Doria Jr., saíram de lá com a impressão de que o
criador enredou politicamente a criatura.
Isso porque, depois de influir na escolha do novo comando
do PSDB, Alckmin se lançará na defesa incondicional das prévias. Com isso acha
que liquida qualquer pretensão secreta que Aécio ainda possa alimentar de ser
candidato.
E, de quebra, intimida Doria, que não poderá nem ser
contra as prévias – afinal, foi por meio delas que se sagrou candidato a
prefeito – nem disputar com seu padrinho.
Já o prefeito tem dois trunfos a seu favor: a expectativa
de se tornar um fato consumado por meio da liderança nas pesquisas e o perfil
que o eleitor demonstra querer para os candidatos em 2018, distante da política
tradicional.
Enquanto
isso
Serra volta a
cogitar trocar PSDB pelo PSD
Depois de um período de recolhimento após ter sido citado
nas delações da Odebrecht, José Serra voltou a falar em disputar o Planalto.
Com a primazia de Alckmin no PSDB, cogita novamente migrar para o PSD de Gilberto
Kassab.
Sistema de
Governo
Alexandre de Moraes tira ação
sobre parlamentarismo da pauta
Gilmar Mendes tuitou que estava lendo sobre
parlamentarismo nas férias. O tuíte foi visto como senha para pautar a
discussão no STF. O Tribunal a iniciou em 2016, mas o novo relator, Alexandre
de Moraes, retirou o processo da pauta.
Caso Varig
Julgamento pode
provocar rombo de R$ 6 bi nas contas
Está pautado na volta do recesso do STF o julgamento dos
embargos de declaração apresentados pelo governo no processo em que a Varig
obteve direito à indenização pelo congelamento de tarifas aéreas no Plano
Cruzado. O julgamento foi interrompido em março do ano passado. A relatora,
Cármen Lúcia, votou contra os embargos, por entender que não houve omissão ou
contradição na decisão. Se o governo perder, o rombo para o Tesouro é estimado
em R$ 6 bilhões.
Temer
Janot deve pedir diligências
antes de novas denúncias
Procuradores do grupo de Rodrigo Janot negam que a “falta
de pressa” nas novas denúncias contra Michel Temer seja sinal de recuo do
procurador-geral. Eles afirmam que serão necessárias novas diligências, além de
cruzar informações com outros inquéritos, como o que investiga a cúpula do PMDB
por organização criminosa. O Ministério Público também nega que espere a
delação de Eduardo Cunha para embasar a acusação de obstrução da Justiça.*Publicado no Portal Estadão em 19/07/2017
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