Renan tenta votar logo, mas não consegue
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
colocou em votação um requerimento de urgência para que o projeto sobre
corrupção, aprovado na madrugada pela Câmara, fosse votado pelos senadores
ainda na noite desta quarta-feira (30), mas não conseguiu.
No painel eletrônico, 44 senadores votaram contra a
urgência e 14 a favor. Com a rejeição do requerimento, o projeto anticorrupção
foi encaminhado para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do
Senado, onde deverá ser debatido antes de ser votado pelo plenário.
O requerimento, apresentado por líderes de PMDB, PSD e PTC,
combinava artigos do regimento interno do Senado para que o projeto fosse
colocado em regime de urgência e incluído na ordem do dia, ou seja, poderia ser
votado já nesta quarta-feira.
A atitude de Renan causou indignação de parlamentares
contrários à forma como o projeto foi aprovado pela Câmara, desfigurado, com
várias modificações em relação à proposta original do Ministério Público.
O senador Cristovam Buarque afirmou que Renan “estava
cometendo um abuso de autoridade para combater o abuso de autoridade”.
Durante a sessão, vários senadores protestaram contra a
análise do requerimento, mas Renan Calheiros insistiu em colocá-lo em votação.
“Hoje não é o momento de votar questões polêmicas”, disse
o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Segundo ele, a aprovação na Câmara, na
madrugada, não foi bem recebida na sociedade.
O líder do governo, senador Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP) também se posicionou contra. Ele argumentou que o projeto tinha sido
aprovado na madrugada e ainda não era de conhecimento dos senadores.
O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que
o presidente do Senado estava mudando o regimento da Casa para de forma
“açodada” votar um projeto de autoria do Ministério Público, avalizado pela
população, mas que foi “desfigurado” pela Câmara dos Deputados.
Fonte: Portal G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário