‘Bomba fiscal’ aguarda novas administrações
Passado o segundo turno das eleições, a situação
financeira das prefeituras virá à tona. De 3.155 municípios que informaram o
quadro de suas finanças ao Tesouro Nacional, 2.442, ou 77,4%, já estão com as
contas no vermelho, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional dos
Municípios (CNM). E a situação vai piorar até o fim do ano, com a contínua
queda da arrecadação, deixando a bomba fiscal para a próxima administração.
Ao contrário dos governadores, que alardearam nos últimos
meses a crise sem precedentes nos seus cofres para ganhar mais dinheiro do
governo federal, as prefeituras empurraram os problemas para debaixo do tapete
durante a campanha eleitoral – não é exatamente um trunfo eleitoral mostrar que
as finanças estão descontroladas.
Os futuros prefeitos, que vão herdar o rombo – no caso
dos reeleitos, deles mesmos –, fizeram uma romaria nos últimos dias pelos
gabinetes do Congresso em busca de dinheiro para 2017. Mas, com o teto de
gastos já aplicado ao Orçamento federal do ano que vem, se depararam com uma
grande dificuldade em emplacar seus pedidos de emendas aos deputados e
senadores.
Agência Estado
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