segunda-feira, 26 de setembro de 2016

O "pós Itália"

PF liga Mantega a propina de R$ 50 milhões

Palocci foi preso nesta segunda-feira, 26, na Operação Ormetà
Relatório da Polícia Federal liga o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega ao esquema de propinas da Odebrecht. O documento atribui a Mantega o papel de ‘Pós Itália’, uma referência à sucessão do ex-ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) nas relações com a empreiteira.
Mantega foi preso quinta-feira, 22, na Operação Arquivo X por supostamente exigir, para o PT, R$ 5 milhões do empresário Eike Batista, em 2012 – apenas cinco horas depois de ser detido, o ex-ministro foi solto.

Segundo a PF, os ex-ministros estão fortemente ligados ao setor de propinas da Odebrecht. A investigação aponta que Palocci seria o ‘italiano’, codinome que consta da planilha de repasses ilícitos da empreiteira.

A PF aponta ‘indícios de que Guido Mantega também teria tido papel posterior a Antonio Palocci Filho na coordenação com junto com Marcelo Bahia Odebrecht para a ordenação de pagamentos ilícitos’.

O documento revela três operações distintas, somando um valor de R$ 79 milhões. Desse total, a PF ainda não identificou ‘Amigo’, o destinatário deR$ 23 milhões.

“Seriam devidos, à época da última atualização da planilha, R$ 6 milhões para “Itália”, em referência ao Italiano, ou seja, a Antonio Palocci Filho, R$ 23 milhões para “Amigo”, ainda não identificado, e R$ 50 milhões para “Pós Itália”, cujos indícios preliminares apontam para o emprego deste termo em referência a Guido Mantega”, diz o relatório da PF.

Segundo a Omertà, o PT foi destinatário de R$ 128 milhões em propina da Odebrecht entre 2008 e 2013 – neste ano, segundo a Procuradoria da República, havia um saldo remanescente de propina de R$ 70 milhões.
Agência Estado

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