Quem trabalha,
paga o pato!
Mas uma vez os ditos “movimentos sociais” perturbam a
vida e a liberdade de quem quer trabalhar. Desde as primeiras horas da manhã,
‘sindicalistas e estudantes’ ocuparam as portas das garagens de ônibus de Porto
Alegre, impedindo a saída de quem estava lá para trabalhar e para conduzir quem
desejava trabalhar. Os que trancavam as portas, certamente não trabalham, não
tem obrigação nem responsabilidade com nada e são responsáveis por instalar o
caos entre os que, pacificamente, querem apenas cumprir com suas obrigações.
Depois de liberarem a saída dos ônibus (vejam só a que
ponto chegamos), foram para as ruas, ocuparam corredores de coletivos e
seguiram o que chamam de “protesto” contra o
que imaginam que pode ocorrer em relação a direitos dos trabalhadores,
algo que jamais os atingirá já que não trabalham. São profissionais da
desordem, tão somente.
Enquanto isso, as paradas estavam cheias de gente
ordeira, responsável, trabalhadora, de idosos que precisavam de atendimento
médico, de pessoas com hora de consulta marcada num caótico sistema de saúde.
Nada de ônibus.
Ao mesmo tempo, já se anunciava um protesto que
impediria, como certamente impediu, o trânsito em uma das pistas da Ponte do
Guaíba, ou seja, quem tem que chegar a Porto Alegre pelos mesmos motivos já
mencionados, teria que aguardar a
‘manifestação’ dos arruaceiros de sempre.
Não tenho nenhuma tendência a ser contra a livre
manifestação, inclusive nas vias públicas, mas não tenho como aceitar que
aqueles que não querem participar das ditas manifestações, os que querem
somente cumprir suas obrigações, sejam impedidos por meia dúzia de elementos,
muitas vezes profissionais de protestos, de chegarem a seus locais de trabalho.
Quem organiza este tipo de baderna, provavelmente não
imagine que está impedindo pessoas mais velhas, sem condições financeiras, de
chegar, por exemplo, a um hospital onde terá que aguardar em filas e salas
lotadas, por um atendimento médico agendado, muitas vezes, meses antes.
Tramita no Congresso um Projeto de Lei que acaba com a
contribuição sindical obrigatória. Queira Deus que tal medida seja aprovada.
Afinal, hoje em dia, os chamados “sindicalistas” nada mais são do que
aproveitadores de uma dita ‘imunidade’ para fazerem o que bem entendem. Ficam
anos num sindicato, muitas vezes recebendo salários de órgãos públicos ou
vivendo de verbas que obrigatoriamente são descontadas de quem realmente
trabalha. O sindicalismo profissional se tornou um verdadeiro mal que toma
conta de categorias e beneficia alguns privilegiados e ditos líderes sindicais.
Conheço pessoas que dirigem sindicatos faz muitos anos,
vivem de mandatos eternos e, no caso de funcionários públicos, exigindo todos
os direitos (?) sem nunca trabalhar onde deveriam. O máximo que fazem é
promover greves, protestos e bloqueios, quando o partido que governa não é o
seu. Fazem um trabalho político, muitas vezes sujo, encobertos pelo manto do
sindicalismo.
Sobre os estudantes, nem gostaria de falar. Minha filha e
certamente os filhos de muitos dos que estão lendo este comentário, estão em
aula, preparando um futuro melhor, pensando em criar condições para que
tenhamos mais qualidade de vida. Muitos, lamentavelmente, não conseguiram
chegar a tempo, pois alguns que se dizem estudantes estão mais preocupados em
fechar garagens de ônibus, trancar vias de acesso e gritar palavras de ordem
que lhes foram ensinadas por quem, de alguma maneira, está se beneficiando do
caos provocado pelos manifestantes(?) profissionais.
Está mais do que na hora de alguém tomar uma providência.
Quer protestar, tudo bem, mas não impeça que quem não quer tenha a liberdade de
fazer o que deseja.
Tenham todos um Bom Dia!
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