PF prende ex-presidente da Eletronuclear
A Polícia Federal do Rio de Janeiro deflagrou na manhã
desta quarta-feira a operação Pripyat para desmantelar uma quadrilha que atuava
na Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras responsável pela geração de energia
nuclear. Um dos principais alvos da operação é o almirante Othon Luiz Pinheiro
da Silva, ex-presidente da estatal, que já foi detido na Lava Jato e hoje
cumpre prisão domiciliar. Os outros alvos são ex-funcionários da empresa.
Ao todo, a PF cumpre nove mandados de prisão (seis de
preventiva e três de temporária), nove de condução coercitiva e 26 de busca e
apreensão nos Estados do Rio de Janeiro e Porto Alegre. A ação de hoje é um
desdobramento da Lava Jato que apura um esquema de corrupção similar ao
ocorrido na Petrobras no setor elétrico e é conduzida pela 7ª Vara Federal
Criminal do Rio de Janeiro.
Pripyat é nome de uma cidade fantasma ucraniana que foi
devastada após o acidente nuclear de Chernobyl. Os investigados são suspeitos
dos crimes de corrupção, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A Lava-Jato chegou ao setor elétrico depois de o
ex-executivo Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, ter afirmado, em depoimentos
prestados em delação premiada, que o cartel de empreiteiras formado na
Petrobras continuava se reunindo para discutir o pagamento de propinas a
dirigentes da Eletrobras e da Eletronuclear, mesmo depois do estouro das
investigações sobre o petrolão. Othon Luiz Pinheiro da Silva e Flavio David
Barra, presidente da Andrade Gutierrez Energia, foram presos na 16ª fase da Lava
Jato, a Radioatividade, em julho do ano passado. Pinheiro atualmente estava em
prisão domiciliar, enquanto Barra se tornou delator do escândalo do petrolão.
VEJA.com/Conteúdo
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