PSDB, PPS, DEM e
PSB apoiam Maia
Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ)
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Após uma breve reunião da bancada do PSDB na Câmara, os
líderes do bloco da antiga oposição – formado por PPS, DEM, PSB e tucanos –
anunciaram em conjunto oficialmente apoio a Rodrigo Maia (DEM-RJ) na disputa
pelo comando da Casa. O PSDB é dono da terceira maior bancada de deputados da
Câmara, com 51 parlamentares.
A unidade do bloco foi possível após o deputado Júlio
Delgado, do PSB de Minas Gerais, desistir de sua candidatura. “A decisão
de apoiar Maia foi unânime na bancada. Os 51 deputados decidiriam por
aclamação”, afirmou Antônio Imbassahy (BA), líder do PSDB na Câmara.
Em seu discurso, Maia disse que o plenário da Câmara
precisa “ter de volta sua soberania”. “Queremos uma Câmara mais democrática e
forte”, disse.
O líder do PSB na Câmara, Paulo Foletto (ES), disse que a
expectativa é de que 80% dos deputados do partido apoiem Maia – em números
absolutos, dos 33 parlamentares, entre 26 e 27 votos devem ser dados a
ele. Após se reunir com a bancada no gabinete da liderança e receber a visita
de alguns dos 17 candidatos inscritos, Foletto disse, em entrevista coletiva,
que a intenção inicial do partido era fechar questão em torno da candidatura de
Julio Delgado (PSB-MG), mas como o nome dele “não encorpou” e o deputado
retirou a candidatura, a bancada decidiu orientar o voto em Maia. O objetivo,
disse, é fortalecer o bloco da antiga oposição.
“Esse movimento de bloco nós temos que valorizar neste
momento em que há uma série de candidaturas personalizadas que pode levar a um
desastre”, disse Foletto, ao ressalvar que não haverá unanimidade na bancada
por se tratar de uma eleição personalizada. “O PSB passa a ser decisivo numa
eleição que pode ter um segundo turno”, completou.
O líder do PSB afirmou que a candidatura de Rogério Rosso
(PSD-DF) é ligada a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou ao comando da Câmara
na semana passada. Ele também disse que a candidatura de Marcelo Castro
(PMDB-PI) é ligada ao governo da presidente afastada Dilma Rousseff.
“Nós fomos muito discriminados pelo presidente (da
Câmara) que está afastado e fomos muito afastados pela presidente do Brasil que
está afastada, não tiveram nenhuma consideração até pela bancada que elegemos”,
afirmou o socialista, ao avaliar que os votos que não forem para Rodrigo Maia
não devem ir para Rosso nem para Castro.
Foletto ressaltou que a bancada não quer nenhum
“favorecimento” com essa escolha. “Não é uma bancada que achaca e que vive
atrás de emprego. É uma bancada que luta pela melhoria”, disse.
Agência Estado
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