Desembargador revoga prisão domiciliar
O habeas
corpus que transformava em domiciliar a prisão preventiva de cinco presos pela
Polícia Federal durante a Operação Saqueador - entre eles o ex-dono da
construtora Delta Fernando Cavendish e o bicheiro Carlos Augusto de Almeida
Ramos, o Carlinhos Cachoeira - foi revogado nesta quarta-feira, 6, pelo
desembargador federal Paulo Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal da 2ª
Região (TRF-2).
O grupo estava em um presídio do complexo de Bangu, na zona
oeste, aguardando tornozeleiras para passar a cumprir prisão em suas casas.
Agora, deve permanecer nessa penitenciária. O habeas corpus havia sido
concedido na última sexta-feira, 1, pelo desembargador federal Antônio Ivan
Athié, do mesmo TRF-2.
Mas nesta terça-feira, 5, o Ministério Público Federal
apresentou recurso ao Tribunal acusando Athié de ser suspeito para julgar
pedidos relacionados ao empresário Fernando Cavendish, por conta da suposta
amizade entre Athié e o advogado Técio Lins e Silva, que defende Cavendish.
Horas após a arguição de suspeição, encaminhada ao
presidente do TRF-2, Athié pediu para deixar o caso, embora tenha ressaltado
não ter nenhuma ligação íntima com o advogado. O pedido de Athié foi aceito
pelo presidente do TRF-2. Em nova distribuição, o pedido foi encaminhado a
Espírito Santo, que decidiu manter os cinco presos em penitenciária.
Beneficiados pelo habeas corpus de sexta-feira, o grupo só não havia deixado o
presídio porque a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária não havia
fornecido tornozeleiras eletrônicas.
Agência Estado
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