sexta-feira, 8 de julho de 2016

BOM DIA!

Ainda bem que falei antes!
Depois de 56 dias parados, os professores da rede estadual de ensino, comandados pelo Cpers/Sindicato, decidiram, retomar as aulas na próxima segunda-feira. Agora, precisamos saber como farão para recuperar a matéria que não foi administrada aos alunos que, no final das contas, estão matriculados para estudar, que concordam que os professores ganham pouco, pelo menos alguns, mas que precisam de aulas, pois a maioria pretende passar por um vestibular.

A matéria que preencheria os 56 dias de greve, não tenho nenhuma dúvida, jamais será ensinada dignamente aos alunos. Os professores, que não abrirão mão de férias e dias de folga farão um “mutirão” num final de semana, no máximo dois, para repassar aos alunos os conteúdos que deixaram de ser ministrados durante a greve. Resumindo, os alunos não aprenderão nada.

Como já era previsto, os professores, comandados pelo Cpers/Sindicato, seguirão em campanha contra o governo estadual, coisa que nunca fizeram contra os governos que apoiam, por mais que seus companheiros não tenham cumprido as promessas de campanha nem ajudado em nada seus pleitos de melhores salários e condições de trabalho.

A presidente do sindicato já anunciou que a campanha contra o governo continuará, salientando que foi aprovada pela assembleia a campanha “Sartori inimigo da Educação – Fora Sartori”. Provavelmente não satisfeita com apenas 56 dias de paralisação, a líder sindicalista afirmou que “estamos fazendo um recuo tático, para voltarmos com muito mais força contra este governo intransigente e autoritário”.

Para colocar um ponto final na greve, pelo menos temporariamente, os professores exigiram que o governo garantisse o pagamento dos dias parados dos grevistas e de não criminalizar o movimento dos estudantes que invadiram escolas públicas.

A mim, particularmente, o que mais preocupa em relação ao movimento que termina na segunda-feira, é a politização da greve e do Cpers/Sindicato. A categoria está definitivamente dividida em razão da disputa política que se estabeleceu na direção da entidade. Muitos queriam que a greve tivesse acabado faz muito tempo já que a principal reivindicação, a reposição salarial, não teria êxito. Mesmo assim, professores ligados e/ou filiados ao PSOL e PSTU, principalmente, usaram de suas costumeiras táticas evitando o fim da paralisação.

Se me fosse dado o direito de repassar um conselho aos verdadeiros professores, aos que fazem do magistério um ideal voltado ao ensinamento de crianças e preparação de alunos para a vida, eu diria que devem se organizar e transformar o Cpers em verdadeiro sindicato de defesa do direito dos professores, mas sem conotações político partidárias. Sempre que se misturar educação com organizações nanicas que simplesmente perturbam e tentam impor suas intransigências em busca de um único objetivo, os professores jamais atingirão seus nobres e necessários alvos.

Resumindo, o Cpers/Sindicato paralisou o ensino estadual por 56 dias, não alcançou nenhum objetivo em termos de salários, os grevistas receberão por quase dois meses não trabalhados e seguirão atormentando a vida do governador pelo simples fato de que ele não pertence aos que rezam por suas cartilhas partidárias.

Ainda bem que falei antes!

Tenham todos um Bom Dia!

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