Maia venceu! PT e Cunha
perderam!
Quando foi anunciado o
resultado da votação em primeiro turno, colocando Rodrigo Maia na frente,
começou a vibração no Palácio do Planalto. Sua passagem para o segundo turno,
com mais votos que o candidato de Eduardo Cunha e apoiado pelo chamado Centrão,
Rogério Rosso, tinha significados especiais para quem apoia o presidente Michel
Temer e o impeachment de Dilma Rousseff.
Com o resultado final e
a vitória expressiva de Rodrigo Maia (DEM-RJ) com 285 votos sobre Rogério Rosso
(PSD-DF) que obteve 170, estava configurado o fim do domínio de Eduardo Cunha,
a fragilidade do Centrão e, principalmente, o alijamento de Dilma, de Lula e do
PT das decisões da Câmara Federal. Prova disso, é que o candidato apoiado pelo
Partido dos Trabalhadores, ex-ministro da Saúde de Dilma, Marcelo Castro,
conseguiu apenas 70 votos no primeiro turno. O PT, na eleição para presidente
da Câmara, não passou de mero coadjuvante, totalmente ignorado por quem
precisava decidir sobre o futuro envolvendo o comando da Casa. O próprio PC do B,
tradicional aliado petista, lançou a candidatura de Orlando Silve, ex-ministro
dos Esportes, para complicar a vida de Marcelo Castro. O comunista acabou
juntando 16 votos.
Mas a vitória de Maia,
com o apoio do governo e dos tucanos, mostra que Temer terá base de sustentação
na Câmara quando precisar aprovar matérias complicadas, além de indicar que o
grupo petista está muito enfraquecido e terá imensas dificuldades para
reverter, no Senado, o impeachment da presidente afastada.
A luta de Temer para
derrotar o ex-ministro Marcelo Castro, apoiado pelo PT, defendendo, mesmo que
sem alardes, o representante do DEM, é um sinal de que o presidente em
exercício quer ficar longe de Eduardo Cunha e do Centrão. Ele quer dar uma nova
cara a seu governo, pensando no futuro.
Mas o fim do PT, ou a
abertura de um caminho para o abismo, ficou claro na briga interna durante reunião
da bancada que teve dedo na cara e palavras pesadas para convencer Maria do
Rosário, que tinha registrado candidatura, a desistir pois o partido decidira
que não teria candidatura própria.
Quem, como eu, assistiu
a todo o processo de votação na Câmara, pode notar que os representantes do PT
não tiveram um só minutos de protagonismo e ficaram horas como expectadores de
um processo do qual estão completamente alijados.
A vitória de Rodrigo
Maia representa não só a vitória de Michel Temer, mas um passo a mais na
caminhada de Eduardo Cunha na estrada da cassação, o enfraquecimento, quem sabe
definitivo do chamado Centrão, e o fim do poder do PT nas decisões políticas.
De muito pouco adiantarão as caminhadas, viagens e conhecidas bravatas de Lula
na busca da retomada do poder. O Partido dos Trabalhadores, por sua própria
culpa, torna cada vez mais fundo o buraco para o qual se encaminha.
Tenham todos um Bom
Dia!
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