quinta-feira, 7 de julho de 2016

Angra 3

Mais uma investigação sobre Paulo Ferreira

Preso em São Paulo, com duas prisões preventivas determinadas pela Justiça, sem prazo para ser solto, o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, terá que se preocupar com outra investigação da Polícia Federal, Ele foi citado em delação premiada como intermediário de repasses de propina para o Partido dos Trabalhadores, oriundas das obras da usina nuclear Angra 3. O esquema, conforme a PF, aconteceu quando Ferreira foi tesoureiro do PT, em 2010. Flávio Gomes Machado, engenheiro e diretor da Andrade Gutierrez, testemunhou o repasse.

Machado disse ainda que a partir de 2008 a AG realizou reuniões no Rio de Janeiro, visando retomar as obras da usina, paradas desde 1983. Quem intermediava as reuniões era o presidente da Eletronuclear, Othon Pinheiro, preso na Operação Pripyat. Controlador do Ministério de Energias, o PMDB teria ficado com 1.5% dos valores de todos os contratos, em forma de doação legal de campanha. Edson Lobão, ministro de Minas e Energia, e o senador Romero Jucá, seriam os encaminhadores das solicitações.

Paulo Ferreira, em 2008 era tesoureiro nacional do PT, cargo de deixou logo a seguir para João Vaccari Neto, que solicitou 1% dos valores dos contratos, para o PT. A AG ofereceu somente 0,5%, o que ficou acertado em reunião da qual participaram Paulo Ferreira e João Vaccari, além do presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini.

A PF ouvirá Paulo Ferreira e Vaccari Neto, sobre os fatos denunciados. Berzoini, ex-ministro nos governos Lula e Dilma, investigado por pedidos de contribuição eleitoral não declarados, também será alvo da mesma investigação.

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