“Determinar final de operações PF”: diz bilhete encontrado
na residência de Santana e Mônica
A Polícia Federal está tentando decifrar anotações do publicitário João Santana e de
sua esposa Mônica Moura. Entre os documentos apreendidos nas residências do
casal em Camaçari, Salvador e São Paulo, há bilhetes, e-mails, agendas, notas
fiscais e documentos que podem ajudar a elucidar o esquema de caixa dois,
desvios de dinheiro público e lavagem de dinheiro em torno do petrolão. Uma das
anotações mostra o casal tentando montar uma estratégia para minar os trabalhos
da Operação Lava Jato. Ela foi recolhida em busca no apartamento do casal no
luxuoso bairro do Corredor da Vitória, em Salvador. Há uma folha com manuscritos,
em cor azul, em uma caderneta, onde se lê: "Determinar final de operações
PF", o que seria clara referência a uma estratégia para tentar controlar o
trabalho da polícia. Na capa da caderneta está escrito "Bondade". Os
peritos estão tentando entender outras anotações na mesma página, como
"estabilidade penal, consciência", e "caráter, digo". Em
seguida, há anotação "Sem Chavez", possível referência aos negócios
de publicidade do casal na Venezuela. Há também referência a um "H.
Costa" e ao "Sist. Político".
Prêmios de vaquinha de Dilma incluem vídeo e foto
autografada
Em projetos de financiamento coletivo, normalmente, são
oferecidas recompensas que variam de acordo com a generosidade do colaborador. A
lógica, no entanto, não foi usada por Dilma Rousseff em sua vaquinha virtual
para custear o fretamento de jatinhos. Quem doar 10, 20, 30, 50, 100, 200, 500,
1 000 ou 5 000 reais vai ganhar as mesmas “recompensas”: uma citação do nome no
site informando que fez uma doação, um vídeo de agradecimento (que será
genérico) e uma espetacular foto oficial autografada em versão digital (nada
mais que a foto de Dilma com uma assinatura digitalizada em cima, enviada por
e-mail). Deputados aliados brincaram dizendo que Dilma podia pelo menos
oferecer uma visita guiada por ela ao Palácio da Alvorada para quem colocasse a
mão no bolso e doasse os 5 000 reais ou mais. (Radar/Veja)
Juiz que prendeu Bernardo aponta ‘tendência’ de que só
pobre pratica crime violento
O juiz federal Paulo Bueno de Azevedo, que na
quinta-feira, 23, mandou prender o ex-ministro Paulo Bernardo
(Planejamento/Governo Lula) – ordem revogada pelo ministro Dias Toffoli, do
Supremo Tribunal Federal, nesta quarta, 29 – argumenta que há uma ‘tendência,
ainda que inconsciente’ de que a sociedade é ameaçada exclusivamente na
ocorrência de crimes violentos praticados por pobre. Ao criticar a decisão de
Toffoli – segundo o qual a prisão preventiva de um suspeito cabe para os casos
de extremada agressividade -, o magistrado da 6.ª Vara Criminal Federal de São
Paulo foi bastante enfático. “Observo que a doutrina invocada na decisão do
Supremo Tribunal Federal (de soltura de Paulo Bernardo) fala da possibilidade
de prisão preventiva em crimes como ‘homicídio por esquartejamento ou mediante
tortura, tráfico de quantidades superlativas de droga, etc.’, o que, a meu ver,
reflete a tendência, ainda que inconsciente, de se considerar a existência de
riscos apenas em crimes violentos, no mais das vezes cometidos apenas por
acusados pobres.’
Carlinhos Cachoeira é preso na Operação Saqueador
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 30, nova
Operação Saqueador que investiga lavagem de R$ 370 milhões. A Saqueador
prendeu o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como
Carlinhos Cachoeira em Goiânia e outros dois investigados. São alvos da ação a
Delta Construções, o empresário Fernando Cavendish e o lobista Adir Assad. São
cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão no Rio,
em São Paulo e em Goiás, envolvendo sede e filial de empresa de engenharia, seu
controlador e pessoas relacionadas ao suposto esquema. Foi apreendido um
cofre no apartamento de Fernando Cavendish no Rio. O empresário estaria fora do
País.
Cade, MPF e PF fazem operação para investigar cartel em
licitações de ferrovias
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade), o Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) e a
Polícia Federal cumprem hoje (30) 17 mandados de busca e apreensão em 12
empresas de engenharia envolvidas em um suposto cartel em licitações da
Engenharia, Construções e Ferrovias S/A (Valec), em obras para implantação da
Ferrovia Norte-Sul e da Ferrovia Integração Oeste-Leste. Estão sendo cumpridos
ainda 27 mandados de busca e apreensão pelo MPF/GO e pela Polícia Federal em outras
empresas de engenharia e em residências, além de 14 mandados de condução
coercitiva. Ao todo, 51 servidores do Cade e 200 policiais federais participam
da chamada Operação Tabela Periódica – um desdobramento da Operação Lava Jato.
Os mandados estão sendo cumpridos no Distrito Federal, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, São Paulo, Ceará, Paraná, Bahia, Espírito Santo e Goiás.
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