Desde ontem,
Dilma trata Rodrigo Janot como “traidor”
A presidente Dilma Rousseff está inconformada com o pedido do
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, feito nesta
terça-feira (3), para investigá-la por suspeita de obstruir o trabalho da
Justiça. Em delação premiada, Dilma foi acusada pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS) de indicar um ministro para o
Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o objetivo de facilitar a vida de
investigados na Operação Lava Jato.
Desde ontem, Janot está sendo tratado por Dilma como "traidor". Nesse
mesmo grupo estão o vice-presidente da República, Michel Temer, e os ex-ministros Eliseu Padilha e
Moreira Franco, aliados de Temer. Foi Dilma quem indicou e reconduziu Janot para o cargo mais importante do
Ministério Público Federal. A recondução para dois anos de mandato ocorreu em
agosto do ano passado.
Em quatro meses, nenhum projeto de Barbosa foi aprovado
no Congresso
Com o iminente afastamento da presidente Dilma Rousseff,
o ministro Nelson Barbosa deve encerrar suas atividades na Fazenda com saldo
zero de aprovação de medidas no Congresso. Desde que assumiu o ministério, há
mais de quatro meses, Barbosa assinou 9 projetos, com pelo menos 14 medidas em
diferentes áreas, que precisam do aval dos parlamentares. Nenhum foi aprovado. Com
a crise política e o processo de impeachment de Dilma dominando as discussões
no Legislativo, as propostas apresentadas com pedido de prioridade e anunciadas
com destaque por Barbosa têm trâmite arrastado no Congresso. Nos bastidores, a
atual equipe da Fazenda - que deve ser integralmente substituída em eventual gestão
de Michel Temer - avalia que o peemedebista vai manter o encaminhamento de boa
parte das propostas de Barbosa. Mas com uma vantagem: diferente de Dilma,
contará com grande base de apoio no Congresso para aprová-las.
Katia Abreu se despede com juras de lealdade a Dilma
A ainda ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que
afrontou o PMDB e decidiu ficar no governo Dilma Rousseff até os últimos dias,
fez mais um discurso de despedida no Palácio do Planalto nesta quarta-feira. A
ruralista trocou juras de lealdade com a presidente durante o lançamento do
Plano Safra 2016/2017. E chegou a dizer que também deveria ser responsabilizada
no processo de impeachment por ter instado Dilma a investir no agronegócio
quando estava à frente da Confederação Nacional da Agricultura. É que uma das
pedaladas listadas na denúncia por crime de responsabilidade versa justamente
sobre o atraso no pagamento ao Banco do Brasil de 3,5 bilhões de reais
adiantados em financiamentos do Plano Safra do ano passado.
"Nós não estamos aqui para ser reconhecidos no
momento, para receber os louros do momento e da hora. A popularidade vai, a
popularidade vem, mas a dignidade e a honra se forem um dia nunca mais
retornarão. Tenho orgulho de estar ao seu lado, de ser sua ministra, de ser sua
parceira e de ter a senhora como presidente do Brasil.”
Janot pede ao STF para investigar Aécio, Paes e Carlos
Sampaio
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para abrir um segundo inquérito para
investigar o senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG). Também
são alvos do mesmo pedido o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP)
e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB). Os três políticos são
suspeitos de terem tentado ocultar da CPI dos Correios, em 2005, informações
sobre o suposto esquema de compra de votos em troca de apoio parlamentar na
Assembleia Legislativa de Minas Gerais durante a gestão do ex-governador
Eduardo Azeredo (1995-1999), o chamado mensalão do PSDB. A CPI dos Correios
investigou outro esquema de compra de votos, o mensalão do PT, que ocorreu
durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
PF aponta formação de cartel em licitações da OAS e
Odebrecht na Petrobras
Um laudo pericial criminal da Polícia Federal aponta que
a Odebrecht e a OAS, as duas maiores empreiteiras do País, fizeram parte de um
cartel para conseguir licitações da Petrobras. De acordo com a investigação, em
conluio com agentes públicos e políticos, em especial do PT e do PMDB, o
esquema, que envolvia 15 empreiteiras em uma espécie de “clube”, garantia
o loteamento das maiores obras da estatal, mediante pagamentos de propinas que
oscilavam entre 1% e 3%. "As Construtoras Norberto Odebrecht e OAS
sagraram-se vitoriosas com propostas de preços próximas ao limite superior da
Petrobras apenas em condições onde todas as empresas concorrentes faziam parte
do grupo indicado como 'Clube dos 15'", informa o laudo 2400/2015, anexado
na terça-feira (3) ao inquérito que investiga executivos da OAS, em Curitiba.
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