Maranhão pede tempo após PP propor 'renúncia negociada'
A bancada do PP na Câmara dos Deputados decidiu, em
reunião nesta terça-feira, 10, tentar uma "renúncia negociada" de
Waldir Maranhão (PP-MA) da 1ª vice-presidência da Casa antes de dar seguimento
ao processo de expulsão dele do partido. Maranhão pediu para que fosse
convocada uma nova reunião nesta quarta-feira, 11, e afirmou que estaria
presente para anunciar sua decisão. Na reunião do PP, ficou decidido que um
grupo de deputados da legenda procuraria Maranhão, para tentar negociar essa
renúncia antes de encaminhar à Executiva Nacional seu posicionamento pela
expulsão do partido. Como argumento, os parlamentares do PP diriam que, caso
renuncie, o presidente interino teria como garantia a salvação de seu
mandato. Segundo o deputado Júlio Lopes (RJ), responsável por falar com
Maranhão, o presidente em exercício da Câmara teria dito: "Você não tem
direito de pedir minha renúncia". O deputado carioca então disse ao colega
que tem obrigação de manter o bom funcionamento da Câmara. Foi aí que Maranhão
pediu tempo para pensar.
Dilma
pretende exonerar todos seus ministros antes de ser notificada do impeachment
Dilma Rousseff tem usado os
últimos dias para planejar uma série de atos simbólicos antes de ser
notificada, pelo Senado, da abertura do processo de impeachment, o que levará
ao seu afastamento do cargo por um período de até 180 dias. Até mesmo entre os
interlocutores mais próximos da petista a derrota na votação de amanhã é dada
como inevitável. Além de planejar descer a rampa do Palácio do Planalto
acompanhada de seus principais aliados e de caminhar até o Palácio da Alvorada,
Dilma estuda exonerar, numa canetada, todos os seus ministros pouco antes de
ser comunicada de sua suspensão. A ideia tem sido defendida entre lideranças do PT, já
conformadas com o afastamento de Dilma, mas empenhadas em construir um discurso
de que o impeachment seria um "golpe", algo que será usado pelo
partido nas eleições municipais deste ano.
Justiça abre ação penal contra Argello e empreiteiros por
propina em CPIs da Petrobrás
O juiz Sérgio Moro aceitou nesta terça-feira, 10, a
denúncia e abriu ação penal contra o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) e outros
oito acusados de arquitetar um esquema de pagamento de ao menos R$ 5,3 milhões
em propinas de empresas para evitar a convocação de empreiteiros investigados
na Lava Jato para depor nas CPIs no Senado e no Congresso em 2014. Naquele ano
foram instaladas uma CPI Mista e uma CPI no Senado e nenhuma delas convocou
empreiteiros das grandes construtoras para depor. Além do ex-senador e seu
filho, se tornaram réus nesta terça o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro,
o presidente da UTC Ricardo Pessoa, um ex-assessor e um
ex-publicitário que teriam atuado como operadores dos pagamentos a
Argello. Os réus vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de
organização criminosa e obstrução à investigação.
Oi demite 2 mil funcionários em enxugamento de áreas
administrativas
O grupo de telecomunicações Oi está demitindo cerca de
2.000 funcionários, em processo concentrado em áreas administrativas e que deve
reduzir de 15% a 20% os custos com pessoal da companhia, afirmou à agência Reuters uma
fonte com conhecimento do assunto nesta terça-feira. Os cortes começaram na
véspera e serão concluídos nesta terça, segundo a fonte, que falou sob condição
de anonimato. As demissões ocorrem pouco mais de um ano depois que a empresa
promoveu cerca de 1.100 cortes de pessoal. Em comunicado, a empresa não confirmou
o número de demissões nesta semana, mas afirmou que "com o intuito de
manter níveis de rentabilidade e produtividade para fazer frente ao cenário
macroeconômico atual, a Oi está realizando uma readequação da sua estrutura
administrativa".
Haddad libera Uber por decreto em São Paulo
Após impasses e protestos na Câmara Municipal de São
Paulo, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assinou nesta terça-feira
decreto que autoriza serviços de transportes individuais, como o Uber, na
capital paulista. A medida será publicada no Diário Oficial desta quarta-feira.
Segundo Haddad, a regulamentação beneficia cerca de 5.000 motoristas
cadastrados nos aplicativos de transportes individuais. Com o decreto assinado
por Haddad, empresas como a Uber poderão 'comprar créditos' para rodar na
cidade de São Paulo. O crédito será oferecido por quilômetro rodado e a média
cobrada será de 10 centavos, podendo variar devido ao horário e local. Foram
regulamentadas as modalidade de transporte remunerado e carona solidária. O
motorista não precisará ter alvará para realizar o transporte individual de
passageiros.
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