Presidente demitido do Serpro era do PT
Marcos Mazoni (Reprodução) |
A passagem de Marcos Mazoni pela presidência do Serpro
foi desastrosa, mostra balanço da empresa. Em 2015, apesar de todos os
contratos de exclusividade com a União na área de tecnologia, a estatal
registrou prejuízos de R$ 245,1 milhões. A situação está tão confusa, que a
companhia sequer sabe dizer o que ocorreu no ano anterior. O balanço foi
republicado, mas não se pode constatar se houve lucro ou prejuízo.
Em meio a dificuldades financeiras, o Serpro, vinculado
ao Ministério da Fazenda, vive uma conturbada troca de gestores. O Diário
Oficial da União trouxe ontem a nomeação de Maria da Glória Guimarães para a
presidência da estatal e a exoneração de Mazoni, que, no fim de
semana, disparou ofensas contra o governo do presidente interino, Michel
Temer.
“Estou preocupado. Ainda não fui exonerado deste governo
de canalhas” e “Nenhum dos golpistas teve coragem de falar comigo. São
golpistas e sem coragem. Vergonha do que fazem”, afirmou Mazoni em sua conta do
Twitter. Ele estava no comando da empresa desde maio de 2007.
Glória Guimarães ocupou o cargo de
diretora-superintendente, entre maio de 2015 e março passado. Em mensagem
publicada no site do Serpro após assumir a presidência, ela reconheceu que a
empresa passa por dificuldades. “Nossa ideia é atuar em parceria estreita com
clientes e fornecedores para buscarmos as melhores soluções”, escreveu. Em
março deste ano, a estatal atrasou o pagamento de pelo menos 72 fornecedores de
suporte técnico, o que expõe a rede de sites públicos a hackers e falhas por
falta de manutenção.
O eSocial, que custou R$ 6,6 milhões aos cofres públicos,
foi desenvolvido pela estatal e é alvo de críticas por problemas de acesso,
entre outros. O programa tem a função de facilitar o cumprimento das obrigações
empregatícias previstas na Emenda Constitucional nº 72, a “PEC das Domésticas”.
Fonte: Correio Braziliense
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