Um rombo recorde de R$ 7,9 bi em março
Foto: Veja/Reprodução |
Com a atividade econômica e o pagamento de tributos em
queda, o governo central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central)
registrou déficit primário de 7,94 bilhões de reais em março, acumulando no
primeiro trimestre rombo de 18,217 bilhões de reais, divulgou o Tesouro nesta
quinta-feira.
Tanto para março quanto para o primeiro trimestre, os
resultados são os piores da série histórica iniciada em 1997. Em pesquisa da
agência Reuters, analistas estimavam saldo negativo de 10 bilhões de reais
em março.
Nos primeiros três meses do ano passado, o primário
acumulava superávit de 4,49 bilhões de reais. Em doze meses, o governo central
apresenta déficit de 142,01 bilhões de reais - o equivalente a 2,38% do produto
interno bruto (PIB).
Com dificuldades de cortar despesas e com a arrecadação
em queda, o governo enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei reduzindo a
meta de superávit do governo central de 24 bilhões de reais para 2,8 bilhões de
reais. A proposta também permitiria uma série de abatimentos que, na prática,
podem resultar em um déficit primário de 96,6 bilhões de reais neste ano, o que
será o terceiro resultado negativo anual seguido.
Caso a medida não seja aprovada até o dia 20 de maio pelo
Parlamento, a equipe econômica precisará fazer mais um corte no Orçamento.
Receitas - O resultado de março representa uma queda
real (descontada a inflação) de 7,7% nas receitas em relação a março do ano
passado. Já as despesas tiveram alta real de 4,3% na mesma comparação. Em 2016
até março, as receitas do governo central recuaram 5,0% e as despesas
aumentaram 5,2%.
(Agência Reuters)
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