Impeachment: Cunha pede que deputados fiquem em Brasília
até sexta
Interessado em iniciar o quanto antes o processo de
impeachment da presidente Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), informou nesta segunda-feira, 14, aos deputados que eles podem
ter que ficar em Brasília até sexta-feira, 18. O Supremo Tribunal Federal (STF)
responderá nesta quarta-feira, 16, aos questionamentos apresentados pelo
Legislativo e Cunha quer dar início ao processo no dia seguinte. Na manhã desta
segunda-feira, 14, Cunha enviou mensagem de WhatsApp informando que convocará
reunião do colégio de líderes assim que o Supremo se manifestar. Os líderes de
cada partido terão até o início de dia seguinte para apresentar os seus
indicados para integrar a comissão que avaliará o pedido de impeachment.
A partir do dia 31, remédios ficarão 12,5 mais caros
Os medicamentos vão ficar mais caros em todo o País a
partir do próximo dia 31. Segundo a Associação da Indústria Farmacêutica de
Pesquisa (Interfarma), o aumento anual nos preços deve ser de até 12,5%. Se
confirmado, o reajuste vai superar a inflação (de 10,67%, em 2015) pela
primeira vez em dez anos. A base de cálculo para o reajuste de medicamentos é o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acumula alta de
10,36% em 12 meses até fevereiro. O governo, no entanto, ainda não divulgou
oficialmente de quanto será o aumento, pois o processo está em consulta
pública.
Protestos: aliados admitem fortalecimento do impeachment
Lideranças dos partidos que dão sustentação para o
governo da presidente Dilma Rousseff, como PMDB, PSD e PR, acreditam que as
manifestações de ontem terão forte impacto sobre o processo de afastamento da
presidente no Congresso. Se o apoio à manutenção do mandato dela ainda é quase total
entre os partidos de esquerda, as bancadas do chamado “Centrão”, que dão
sustentação a todos os governos, estão divididas a respeito do impeachment.
O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), acredita que o
impeachment ganhou força com os protestos, tendo em vista que ainda esta semana
o Supremo Tribunal Federal (STF) deve dar a palavra final sobre o rito do
processo, e a Câmara pode criar a comissão especial que o analisará: — A semana
será decisiva, pois o Supremo libera o rito, e a Câmara deve dar continuidade.
Os partidos levarão as manifestações em consideração, e o impeachment ganha
força.
BC diz que economia iniciou 2016 com queda de 0,61%
Os cálculos do Banco Central (BC) mostraram que a
economia brasileira iniciou 2016 em queda. Segundo o Índice de Atividade
Econômica da autoridade monetária (IBC-Br), o recuo foi de 0,61% em janeiro, o
11º mês seguido de variação negativa frente ao mês anterior e o maior período
de retração desde que o BC passou a registrar os dados. No acumulado em 12
meses, a atividade econômica registrou retração de 4,48%. Na comparação com
janeiro de 2015, a queda foi bem mais acentuada, de 8,12%. O resultado é pior
do que a expectativa dos analistas. O Bradesco projetava um leve recuo de 0,1%
frente a dezembro. A expectativa de analistas consultados pela Reuters era de
crescimento de 0,1%na comparação mensal, segundo a mediana de 13 projeções.
Dilma se reúne com ministros para analisar impacto das
manifestações
Um dia após a maior manifestação popular da história do
país, a presidente Dilma Rousseff, pressionada para deixar o cargo, comandou na
manhã desta segunda-feira uma reunião de coordenação política para tentar
traçar uma estratégia de resposta aos protestos. Participaram do encontro os ministros José Eduardo
Cardozo (Advocacia-Geral da União); Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo);
Edinho Silva (Comunicação Social); Jaques Wagner (Casa Civil); Gilberto Kassab
(Cidades); André Figueiredo (Comunicações); Antônio Carlos Rodrigues
(Transportes); Marcelo Castro (Saúde) e Carlos Vieira, ministro interino da
Integração Nacional. Além deles, estarão presentes os líderes do governo na
Câmara, José Guimarães, e o Congresso Nacional, José Pimentel.
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