‘Lula enriqueceu com Petrolão’
Alvo preferencial da 24ª fase da Operação Lava Jato, o
ex-presidente Lula enriqueceu às custas dos crimes investigados no petrolão e
teve sua campanha política abastecida com dinheiro sujo. A conclusão é do
Ministério Público Federal, que investiga o petista por suspeitas de que ele
tenha recebido vantagens indevidas durante o período de oito anos em que ficou
à frente do Palácio do Planalto - inclusive do propinoduto instalado na
Petrobras.
"Há evidências de que o ex-presidente Lula recebeu
valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um
apartamento triplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos
dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora", informou a
força-tarefa da Lava Jato.
Em um organograma organizado pelos policiais, a unidade
residencial é registrada como de propriedade da OAS, investigada por integrar o
Clube do Bilhão de empreiteiras e que já teve seus executivos, incluindo o
ex-presidente Leo Pinheiro, condenados na Lava Jato pelo juiz Sergio Moro. Mas
os indícios apontam que o imóvel, conforme revelou VEJA, é, sim, do
ex-presidente petista. "Embora o ex-presidente tenha alegado que o
apartamento não é seu, por estar em nome da empreiteira, várias provas dizem o
contrário, como depoimentos de zelador, porteira, síndico, dois engenheiros da
OAS, bem como dirigentes e empregado da empresa contratada para a reforma, os
quais apontam o envolvimento de seu núcleo familiar em visitas e tratativas
sobre a reforma do apartamento", diz o MP.
Conforme os investigadores, existem evidências de que a
empreiteira OAS tenha desembolsado mais de 750.000 reais para reformar o
tríplex de Lula no Guarujá, além de ter quitado despesas de mais de 320.000
reais em móveis de luxo para a cozinha e para os quartos do imóvel. "A
suspeita é de que a reforma e os móveis constituem propinas decorrentes do
favorecimento ilícito da OAS no esquema da Petrobras", diz o Ministério
Público.
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