Dono da OAS diz que vai falar
Foto: Câmara dos Deputados |
Um dos empresários mais próximos do ex-presidente Lula,
Léo Pinheiro teme ser preso novamente. Ele contaria detalhes sobre obras feitas
em dois imóveis para a família do petista
O empresário José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro,
dono da OAS, admitiu a pessoas próximas fechar um acordo de delação premiada
com investigadores da Procuradoria-Geral da República (PGR) responsáveis pela
Operação Lava Jato.
Um dos empresários mais próximos do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, ele deve contar, numa eventual colaboração, detalhes
sobre o esquema de corrupção na Petrobrás e sobre obras feitas pela empreiteira
em imóveis de Atibaia e do Guarujá para a família do petista.
O acordo com investigadores ainda não foi formalizado,
segundo interlocutores do empresário ouvidos pelo Estado, mas voltou ao
radar do empresário depois que o Supremo Tribunal Federal (STF), num novo
entendimento, autorizou a execução de penas de prisão após a confirmação de
sentenças em segunda instância – antes, isso ocorria após o trânsito em
julgado, com o esgotamento de todos os recursos da defesa.
Outro fator levado em consideração foi a apreensão,
pela Polícia Federal, de mensagens de celular trocadas por Léo Pinheiro
com outros executivos e dezenas de políticos. A avaliação é de que o material
pode comprometê-lo ainda mais na Lava Jato, fundamentando novo decreto de
prisão.
Léo Pinheiro já foi condenado a 16 anos e quatro meses de
prisão por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobrás e aguarda decisão
do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a respeito. A corte tem
confirmado decisões tomadas pelo juiz Sergio Moro no primeiro grau.
Léo Pinheiro foi preso preventivamente na Lava Jato em
novembro de 2014, juntamente com outros dos maiores empreiteiros do País.
Chegou a cogitar delação premiada, mas foi solto no ano passado, por ordem do
Supremo Tribunal Federal, sem concretizar a colaboração, o que agora volta a
avaliar.
Uma eventual colaboração também deve incluir outros
executivos da OAS.
(Agencia Estado)
(Agencia Estado)
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