Dilma ameaça não ir à festa de 36 anos do PT no sábado
Informada de que a ofensiva do PT contra o ajuste fiscal
será ampliada neste fim de semana, a presidente Dilma Rousseff quer cancelar
sua participação na festa de 36 anos do partido, marcada para sábado, no Rio.
Ministros do PT, porém, ainda tentam convencê-la a mudar de ideia. A versão
oficial é que Dilma estará no Chile para um encontro com a presidente Michelle
Bachelet e, com a agenda apertada, há risco de não conseguir chegar a tempo do
ato político. Na prática, porém, ela está cada vez mais irritada com os ataques
do PT ao governo e já sabe que o partido subirá o tom das cobranças na reunião
do Diretório Nacional, marcada para esta sexta-feira.
Presidente do PT no Rio diz não fazer questão de Dilma na festa
O presidente do PT-RJ, Washington Quaquá, afirmou que não
faz questão da presença da presidente Dilma Rousseff na festa de 36 anos do
partido. Quaquá integra o grupo de petistas que não aceitam a política
econômica do governo. Questionado sobre a possibilidade de Dilma não ir à
festa, por estar contrariada com a reação do PT contra o ajuste fiscal,
Quaquá respondeu: "Eu não faria questão da presença dela, mas falo em meu
nome, não do partido". Quaquá defendeu que o PT deixe claras as
divergências com as medidas defendidas pelo governo, como a reforma da
Previdência. "Quem está contrariado com ela (Dilma) somos nós, por causa
do pré-sal. O acordo com o PSDB vai consolidando o movimento que está
jogando fora a política econômica do (ex) presidente Lula. O governo está se
distanciando muito no nosso projeto. O PT tem que pressionar de maneira mais
dura", disse o dirigente petista, também prefeito de Maricá, no litoral
fluminense.
“Tem gente graúda fugindo da polícia”, afirma FHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse
que "tem gente graúda fugindo da Justiça" em um vídeo publicado na
internet. O tucano não citou nomes. Porém, na semana passada, o PT conseguiu
suspender um depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na
investigação aberta pelo Ministério Público de São Paulo sobre um apartamento
tríplex no Guarujá, alvo da Lava Jato. "Todas as vezes, e têm sido muitas,
que a Polícia Federal prende alguém ligado ao petrolão, os operadores do
esquema lulopetista soltam uma mentira sobre mim, querendo obviamente com isso
confundir a opinião pública", afirmou o ex-presidente tucano. "Francamente,
virou gozação", disse. FHC declarou
não temer a Polícia Federal e o Ministério Público após comentar informações de
que seria proprietário de um apartamento em Paris. "Noutro dia, até
inventaram que eu tenho um apartamento em Paris. Ora, podem me investigar no
que quiserem. Eu não temo o Ministério Público, nem a Polícia Federal. Agora,
tem gente graúda aí que anda fugindo da Justiça."
MP denuncia políticos que desviavam dinheiro do SUS para
campanhas
O Ministério Público do Rio investiga uma quadrilha que desviava dinheiro
público da saúde forjando consultas em clínicas conveniadas ao Sistema Único de
Saúde (SUS) em São
Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. As clínicas geravam um registro de
consultas que nunca aconteceram, e políticos que estavam envolvidos no esquema
embolsavam o dinheiro. Entre os suspeitos de participarem do esquema estão três
secretários de Saúde de São Gonçalo. Pelos cálculos do Ministério Público, a
fraude chegou a R$ 35 milhões. O esquema funcionava da seguinte forma:
funcionários copiavam a assinatura dos pacientes atendidos em clínicas
conveniadas ao SUS e, com essas assinaturas falsas, lançavam no sistema
consultas que nunca foram feitas, mas que eram pagas às clínicas com o dinheiro
do SUS. O grupo também fazia pedidos falsos de exames, e o dinheiro pago aos
laboratórios ficava com a quadrilha. O MP constatou que o dinheiro desviado do SUS
serviu para financiar campanhas políticas do ex-vereador de São Gonçalo Aristeo
Eduardo Teixeira da Silveira, o Eduardo Gordo – que chegou a ser presidente da
Câmara –, e também do filho dele, o deputado estadual Aristeu Raphael Lima da
Silveira, o Rafael do Gordo, do PMDB.
Governo de SP reduz ICMS de remédio genérico de 18% para
12%
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou decreto que regulamenta a redução do ICMS de
medicamentos genéricos. O governo calcula que o preço dos genéricos vai cair
até 6% em razão dessa mudança. A alíquota do ICMS cairá de 18% para 12%. A
mudança é apenas uma das alterações de ICMS realizadas recentemente. Em
novembro, foi sancionada pelo governador a lei que institui o Fundo Estadual de
Combate e Erradicação da Pobreza. Esse fundo será abastecido com cerca de R$ 1
bilhão gerado com o aumento do imposto sobre supérfluos. Outro R$ 1 bilhão será
destinado ao tesouro estadual e R$ 500 milhões aos municípios. O governador
propôs ainda a criação de um programa de parcelamento de débitos (PPD). Por
decreto, Alckmin zerou o ICMS sobre arroz e feijão e reduziu de 12% para
8% o imposto sobre a areia usada na construção civil, para estimular o setor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário