MPF pede nova condenação de Vaccari
O Ministério Público Federal requereu, em alegações
finais, a condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a 24 atos de
lavagem de dinheiro na operação de repasse de R$ 2,8 milhões para ele próprio e
para o partido por meio de contratos fictícios firmados com a Editora
Gráfica Atitude.
A Procuradoria da República também pediu a condenação do
ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, apontado como indicação do PT
no esquema de corrupção e cartel na estatal petrolífera.
A Procuradoria pediu a suspensão do processo em relação
ao empresário Augusto Mendonça, que fez delação premiada. "Com objetivo de
quitar pendências espúrias decorrentes de contratos firmados pelo Grupo
SOG/Setal com a Petrobras, Mendonça procurou Duque, que, por sua vez, o orientou
a procurar o então tesoureiro do PT a fim de que estipulassem a melhor forma
para o repasse das vantagens indevidas", argumentam nove procuradores da
República que integram a força-tarefa da Lava Jato.
Segundo a acusação, Vaccari, por sua vez, indicou a
Augusto Mendonça a contratação da gráfica "imbuído única e exclusivamente
do intuito de maquiar o repasse dos valores ilícitos ao Partido dos
Trabalhadores mediante maior sofisticação do sistema".
Em sua delação, Mendonça afirmou que, além de não haver
efetiva prestação do serviço, a SOG/Setal não possuía interesse no objeto do
contrato celebrado com a gráfica.
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