Dia 13, às 13 horas, todos na rua
Ainda eufóricos com o anúncio feito ontem pelo presidente da Câmara dos
Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que aceitou o pedido de impeachment contra
Dilma Rousseff, grupos que defendem a saída da presidente anunciaram nesta
quinta-feira que irão para as ruas no próximo dia 13, domingo, às 13h, para
fortalecer ainda mais o movimento.
Um dos líderes do Movimento Brasil Livre (MBL), Renan Santos, de 31
anos, acredita que as manifestações propostas pelos grupos terá papel
fundamental para manter o Brasil estável e enfrentar a fúria dos que defendem a
manutenção do mandato da presidente:
— A gente
vai começar um trabalho muito pesado de cobrança aos parlamentares. Estamos em
mais de 150 cidades, e com isso conseguimos atingir praticamente todos os
deputados. Haverá ações de guerrilha ao longo dos próximos dois meses, e que
vão ser bem bacanas. A nossa tropa está motivada.
Rogério Chequer, porta-voz do Vem pra Rua, prevê ruas tomadas por
manifestações nos próximos dias:
— O povo vai para a rua! Nosso anúncio de hoje vai incluir vários
movimentos.
Analisando um cenário em que o vice-presidente Michel Temer, do PMDB,
assuma o lugar de Dilma, os líderes desses movimentos torcem para que ele
estabilize a economia num curto prazo de tempo.
— Espero que os partidos se unam a favor do Brasil para retornar a
governabilidade. Ninguém aguenta mais tanta gente desempregada — afirma
Chequer.
Santos corrobora:
— E que a Lava-Jato continue andando
para que se puna a quem tiver que punir, e que Temer coloque em prática sua
Ponte para o Futuro (proposta para corte de gastos do PMDB), para que o Brasil
não entre em depressão. Já estamos em recessão e isso tem relação direta com o
que esse governo vem fazendo ao longo dos anos.
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