Governo
recua na tática de acelerar o processo
Foto: Veja |
Com
a reviravolta na composição da Comissão Especial que decidirá sobre o
impeachment da presidente Dilma Rousseff, o governo voltou atrás em sua
estratégia de acelerar o processo no Congresso. O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), que vinha mantendo discurso alinhado aos interesses do
Palácio do Planalto, também mudou de tom nesta quarta-feira e anunciou preferir
um recesso parlamentar mais curto.
Antes
contrário ao recesso para evitar desgaste com manifestações de rua, o governo
passou a defender uma interrupção parcial dos trabalhos legislativos para não
"estressar as bancadas". Os parlamentares fariam pausa para o Natal e
voltariam para votar o processo de impeachment em sessão extraordinária do
Congresso em meados de janeiro. A decisão veio após derrota na eleição da chapa
oposicionista para a comissão do impeachment, mesmo após decisão do ministro
Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que sustou o processo até a próxima
quarta-feira.
A
estratégia foi costurada na reunião de líderes aliados com o ministro da
Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, durante a manhã desta quarta. O
ministro ficou de ligar para Renan para pedir a manutenção do recesso
parlamentar, além da convocação do Congresso para votar matérias orçamentárias.(Com Veja/conteúdo)
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