Na semana passada, quando concedeu entrevista ao jornalista Roberto D’Avila, da Globo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez questão de salientar que ex não deve se meter no governo do outro. Disse que não dava palpite no governo da Dilma e que não tinha influência nenhuma sobre as decisões da presidente.
Como
sempre, Lula diz uma coisa hoje e amanhã já diz outra. Agora está anunciando
que viajará pelo Brasil para defender o PT, trabalhar por sua candidatura em
2018 e, ao mesmo tempo, ampliar sua influência no governo.
No Estadão de hoje,
tem uma matéria sobre o assunto e da qual selecionei o começo para que todos
entendam e saibam que tipo de pessoa quer retomar, ou melhor, permanecer grudado ao poder no Brasil.(MF)
Lula se expõe mais para ‘salvar o PT’
Ex-presidente aumenta
número de viagens e de entrevistas em que admite erros, ao mesmo tempo em que
tenta ampliar influência no governo
A crise do governo Dilma Rousseff e o desgaste do PT obrigaram o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a antecipar os movimentos em favor de
sua candidatura para 2018. Ele ampliou a influência no Palácio do Planalto e a
agenda de viagens pelo País – em especial na capital federal – e se expôs mais
em entrevistas até sobre temas como as investigações envolvendo amigos e um de
seus filhos.
Lula pretende ir a
Brasília uma vez por semana, a fim de influenciar nas decisões do governo e
preservar o bom relacionamento com lideranças de outros partidos. O
ex-presidente não acredita que Dilma possa recuperar sua popularidade sozinha
e, por isso, resolveu adotar uma estratégia de “redução de danos” para si e
para o PT. Mas a tática oferece riscos: na sexta-feira, Lula foi vaiado em
evento do movimento negro em Salvador e discursou por menos de 10 minutos.
“Deixa a gente cuidar
da política e da economia e bota ela (Dilma) para viajar”,
disse Lula a um congressista que goza da confiança do ex-presidente e da
sucessora dele. Ainda segundo esse interlocutor, Lula teria deixado
transparecer que vai querer tomar conta do governo, sobretudo por considerar
que suas últimas ações deram certo. (Estadão)
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