segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Grudado no poder!


Na semana passada, quando concedeu entrevista ao jornalista Roberto D’Avila, da Globo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, fez questão de salientar que ex não deve se meter no governo do outro. Disse que não dava palpite no governo da Dilma e que não tinha influência nenhuma sobre as decisões da presidente. 

Como sempre, Lula diz uma coisa hoje e amanhã já diz outra. Agora está anunciando que viajará pelo Brasil para defender o PT, trabalhar por sua candidatura em 2018 e, ao mesmo tempo, ampliar sua influência no governo.

No Estadão de hoje, tem uma matéria sobre o assunto e da qual selecionei o começo para que todos entendam e saibam que tipo de pessoa quer retomar, ou melhor, permanecer grudado ao poder no Brasil.(MF)

Lula se expõe mais para ‘salvar o PT’
Ex-presidente aumenta número de viagens e de entrevistas em que admite erros, ao mesmo tempo em que tenta ampliar influência no governo

A crise do governo Dilma Rousseff e o desgaste do PT obrigaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a antecipar os movimentos em favor de sua candidatura para 2018. Ele ampliou a influência no Palácio do Planalto e a agenda de viagens pelo País – em especial na capital federal – e se expôs mais em entrevistas até sobre temas como as investigações envolvendo amigos e um de seus filhos.

Lula pretende ir a Brasília uma vez por semana, a fim de influenciar nas decisões do governo e preservar o bom relacionamento com lideranças de outros partidos. O ex-presidente não acredita que Dilma possa recuperar sua popularidade sozinha e, por isso, resolveu adotar uma estratégia de “redução de danos” para si e para o PT. Mas a tática oferece riscos: na sexta-feira, Lula foi vaiado em evento do movimento negro em Salvador e discursou por menos de 10 minutos.

“Deixa a gente cuidar da política e da economia e bota ela (Dilma) para viajar”, disse Lula a um congressista que goza da confiança do ex-presidente e da sucessora dele. Ainda segundo esse interlocutor, Lula teria deixado transparecer que vai querer tomar conta do governo, sobretudo por considerar que suas últimas ações deram certo. (Estadão)

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