Governo volta ao STF para impedir análise de contas
O governo voltou a recorrer ao Supremo Tribunal Federal
(STF) na manhã desta quarta-feira, 7, para protelar o julgamento das contas
presidenciais no Tribunal de Contas da União (TCU), marcado para esta quarta.
Na noite dessa terça, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, entrou com
mandado de segurança para garantir que as contas não sejam analisadas até que
seja definido se o relator do caso, ministro Augusto Nardes, é suspeito para
participar da discussão. Nessa quarta, Adams voltou ao Supremo, dessa vez com
pedido para que o próprio julgamento da suspeição de Nardes seja adiado. O TCU
marcou para hoje, às 17h, na mesma sessão a análise dos dois assuntos.
Comitê da FIFA decide
suspender Blatter por 90 dias
O Comitê de Ética da Fifa vai
suspender Joseph Blatter, presidente da entidade, por 90 dias. Mas ele ainda
poderia voltar para concluir seu mandato, que termina em fevereiro de 2016. A
decisão final ainda precisa ser chancelada pelo juiz independente da Fifa, Hans
Eckert, o que deve ocorrer até sexta-feira. Mas o próprio cartola já foi
informado nesta tarde de qual será seu destino e a entidade deve ficar com um
presidente interino até o final do ano. A suspensão ao reinado de 17 anos de
Blatter é um fim melancólico a um cartola que, até poucas horas, insistia que
não deixaria o cargo. A decisão, porém, aprofunda ainda mais a crise.
Cunha: “Não há a menor possibilidade de eu me licenciar ou renunciar”
Alvo de investigações do Ministério Público por suspeita
de envolvimento com o esquema de corrupção que atuava na Petrobras, o
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quarta-feira (7)
que “não há a menor possibilidade" de ele renunciar ou se licenciar do
comando da casa legislativa. O Ministério Público da Suíça informou nesta
terça-feira (6) à GloboNews que comunicou
ao presidente da Câmara sobre
o congelamento das contas que, supostamente, ele e a família dele mantinham no
país europeu. Na última quarta-feira (30), os procuradores suíços enviaram
ao Brasil os autos da investigação de Cunha por suspeita de lavagem de
dinheiro e corrupção passiva.
BC tem perda recorde de R$ 38,5 bi com tentativas de
segurar o dólar
Em um mês marcado por forte volatilidade e pela disparada
do dólar, com tensões sobre a perda
do grau de investimento da economia brasileira e incertezas
sobre a meta fiscal, o Banco Central registrou prejuízo
mensal recorde com os chamados contratos de "swaps cambiais" -
instrumentos que equivalem a venda de moeda estrangeira no mercado futuro e que
atenuam as pressões sobre o dólar no mercado à vista. No mês passado, o BC
registrou perda de R$ 38,5 bilhões com os swaps cambiais, o maior valor, para um
mês fechado, desde o início da série histórica, em maio de 2002. Até então, a
maior perda mensal havia sido registrada em março deste ano (R$ 34,5 bilhões).
De forma geral, o BC lucra com estas operações quando o dólar cai e perde
quando a cotação da moeda norte-americana sobe. No acumulado deste ano, também
até a última sexta-feira (2), as perdas da autoridade monetária superaram a
barreira dos R$ 100 bilhões e somaram R$ 117,41 bilhões. Os números foram
divulgados pela própria instituição nesta quarta-feira (7).
Procuradores da República apoiam TCU
A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da
República) divulgou nesta quarta-feira nota em apoio à atuação do TCU (Tribunal
de Contas da União), em reação às tentativas do governo de postergar a votação
das contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff.
“Neste momento em que escândalos de corrupção estarrecem
a sociedade, é inequívoca a necessidade de que a Corte de Contas exerça suas
atribuições de modo independente, técnico, sereno e sem constrangimentos.
Ingerências políticas ou interferências de qualquer sorte a órgãos de
fiscalização não devem ter lugar em um Estado Democrático de Direito”, diz o
texto.
A entidade do Ministério Público pede ainda respeito aos
“princípios da moralidade e da legalidade na administração pública” e diz que o
TCU é essencial para zelar pelo patrimônio público.
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