Preso desde maio, Marin aceita extradição para os EUA
José
Maria Marin, o ex-presidente da CBF preso
em Zurique, aceita ser extraditado para os EUA. Nesta quarta-feira, o
Departamento de Justiça da Suíça informou que o brasileiro fechou um acordo
para simplificar o processo, depois de cinco meses preso. Ele pretende
permanecer em prisão domiciliar em Nova Iorque, com uma fiança avaliada em R$
40 milhões.
A decisão é também uma má notícia para Marco Polo del
Nero, atual presidente da CBF, e que também está sendo investigado pelo FBI.
O dirigente não sai há quatro meses do Brasil, temendo ser preso.
Advogados consideravam que Del Nero estava aguardando uma sinalização no caso
de Marin para decidir como lidaria com o cerco que se fecha contra ele.
Suspeitos de comprar MPs tinham elos no Planalto
Relatório da Polícia Federal diz que lobistas investigados
por “comprar” medidas provisórias, entre elas a MP 471/2009, tinham contatos no
Palácio do Planalto e ao menos dois ministérios para, supostamente, negociar
benefícios fiscais de interesse de montadoras de veículos. A análise da MP
471 passou pelos ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
na época comandado pelo ministro Miguel Jorge; Fazenda (Guido Mantega), Ciência
e Tecnologia (Sérgio Machado Rezende), além da Casa Civil da Presidência (Dilma
Rousseff). O relatório cita como possíveis contatos dos lobistas Erenice
Guerra, secretária-executiva da Casa Civil entre 2005 e abril de 2010; e Dyogo
Henrique de Oliveira, então secretário-adjunto da Secretaria de Política
Econômica, ligada ao Ministério da Fazenda, e hoje secretário-executivo do
Planejamento. Além deles, os investigadores mencionam o ex-ministro Gilberto
Carvalho, chefe de gabinete do ex-presidente Lula entre 2003 e 2010 e titular
da Secretaria-Geral da Presidência entre 2011 e 2014, na gestão Dilma; Nelson
Machado, ex-secretário-executivo da Fazenda; e Lytha Battiston Spíndola,
ex-secretária-executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
TIM entra no radar da Operação Zelotes
A Operação Zelotes avança sobre a TIM Brasil. A Polícia
Federal e o Ministério Público têm informações que comprovariam a participação
da companhia no esquema de pagamento de propinas a conselheiros do Carf. Novas
revelações sobre o caso deverão ser divulgadas em breve por uma revista
nacional de grande circulação. O alvo das investigações seria o processo em
andamento no Carf relativo à compra da Tele Nordeste Celular Participações ,
negociação fechada pela operadora no fim dos anos 90. A TIM não
se pronunciou, alegando estar em período de silêncio.
Receita recomenda quebra de sigilo de firma do filho de
Lula
A Receita Federal recomendou ao Ministério Público
Federal que peça a quebra dos sigilos bancário e fiscal da LFT Marketing
Esportivo, que tem como sócio Luís Cláudio Lula da Silva, filho do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os auditores que trabalham nas
investigações da Operação Zelotes também sugerem que as mesmas medidas sejam
adotadas em relação ao restaurante Sanfelice Comércio de Massa Artesanal, que
está em nome de Myriam Carvalho, filha de Gilberto Carvalho, ex-ministro e
ex-chefe de gabinete de Lula. Nos dois casos, a recomendação é que as quebras
sejam feitas entre 2008 e 2015, abarcando todo o período de funcionamento das
empresas. Ambas foram abertas em 2011. As solicitações, da área de Inteligência
da Receita, foram encaminhadas aos procuradores da República que atuam na
força-tarefa da Zelotes. Cabe a eles enviar os pedidos à Justiça Federal
SUS terá novo medicamento para pacientes com HIV
Os portadores do vírus HIV poderão contar com um
novo medicamento para seu tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec) deu aval para que
seja disponibilizado aos pacientes o Dolutegravir Sódico, produzido pela
multinacional britânica GSK. O medicamento era amplamente aguardado, pois faz
parte do tratamento de primeira linha em países como Estados Unidos, França,
Espanha e Portugal. Por lá, costuma ser ministrado assim que o paciente
inicia o tratamento. No Brasil, será utilizado principalmente para o tratamento
de segunda linha, quando o soropositivo vem apresentando resistência ao tratamento
inicial. Entre as vantagens reportadas por médicos e pacientes está a maior
potência do princípio ativo, a conveniência de ser ministrado em uma dose
diária e poucas interações com outros medicamentos.
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