quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Impasse com PMDB

Dilma adia anúncio de ministério


Somente depois que voltar de Nova York, para onde viaja hoje, a presidente Dilma Rousseff (PT) fará o anúncio do novo ministério. Isso, é claro, se ela atender ao desejo da bancada peemedebista na Câmara, de indicar dois nomes para o ministério.

Mesmo que o deputado Manoel Júnior (PMDB-PB) esteja praticamente confirmado para o lugar do petista Arthur Chioro, na Saúde, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (PMDB-RJ) está ameaçando romper o acordo caso não sejam oferecidas novas vagas. Picciani não admite que os nomes de Eliseu  Padilha (Aviação Civil) e Henrique Eduardo Alves (Turismo) sejam colocados como cotas da bancada.

A última proposta apresentada por Dilma previa que Eliseu Padilha permanecesse na Aviação Civil e Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (PMDB-PA), fosse deslocado da Secretaria da Pesca para Portos.
Para abrigar Helder, a presidente desistiria de fundir Portos e Aviação. O plano de Dilma é incorporar a Pesca ao Ministério da Agricultura. Os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura), que representam a bancada do PMDB no Senado, continuam em seus postos. Dilma quer prestigiar Temer e manter Padilha e Henrique Eduardo Alves, mas enfrenta resistências da bancada do PMDB na Câmara.

A presidente também pediu ajuda ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para convencer o líder peemedebista na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), a aceitar as mudanças na composição do novo ministério. 

Dep. Leonardo Picciani
Depois de receber um telefonema de Dilma, na tarde desta quinta, Paes prometeu falar com o líder peemedebista, mas já percebeu que Picciani não aceita que Padilha seja considerado indicação da bancada do PMDB. 

O prefeito e o governador Luiz Fernando Pezão são os mais próximos aliados de Dilma no Rio de Janeiro, onde o PMDB se dividiu na eleição presidencial de 2014, e abriu uma dissidência que apoiou o tucano Aécio Neves. Pezão e Paes mantiveram a aliança com Dilma.

O presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani, e o filho Leonardo fundaram o movimento "Aezão", de apoio a Aécio e Pezão.

Nas últimas semanas, Leonardo se aproximou da presidente e Jorge Picciani tem defendido a permanência da presidente no cargo, em nome da "garantia de governabilidade". A relação da presidente com os Picciani, no entanto, ainda é distante.

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