Redução
de jornada e salários
A
Petrobrás considera reduzir a jornada de trabalho e o salário dos seus
empregados concursados. A Agência
Estado, teve
acesso à proposta de acordo coletivo defendida pela estatal para o período de
2015 a 2017. No documento, a petroleira abre espaço para que os funcionários da
área administrativa passem a trabalhar 30 horas semanais, em vez das atuais 40
horas. A adesão seria voluntária, mas acarretaria corte de 25% nos ganhos
mensais e nos pagamentos por férias e décimo terceiro.
Para
sair do papel, o acordo coletivo, divulgado na intranet da empresa, depende de
negociação com a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Além
de propor redução salarial e das horas trabalhadas nos escritórios, a
petroleira quer reduzir a carga de trabalho de dez para oito horas diárias em
unidades operacionais, como plataformas e refinarias.
No
dia 26 de agosto, a nova direção da empresa havia anunciado que promoveria um
corte de “gastos operacionais gerenciáveis” de US$ 12 bilhões até 2019. Na
prática, a petroleira vai suspender direitos até então garantidos aos seus
trabalhadores - 80,9 mil funcionários próprios e 200 mil terceirizados.
Para
o representante dos funcionários no conselho de administração, Deyvid Bacelar,
a retirada de benefícios e direitos dos trabalhadores é um retrocesso. “Isso é
gasolina que a companhia jogou sobre a categoria, agora basta acender um
fósforo”, ironizou. “Se a categoria brincar, a empresa pode retirar outros
direitos. O governo federal, como acionista controlador, tem responsabilidade
sobre esse processo. Não tenho dúvida que vamos ter grande adesão para uma
greve forte na categoria.” (Agência Estado)
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