Gêmeas do PT são investigadas como emissárias de Dirceu
Duas irmãs gêmeas
ligadas ao PT e aos negócios do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu – preso
nesta segunda-feira, 3, na 17ª fase da Operação Lava Jato – são investigadas
como elo da propina paga pelo lobista Milton Pascowitch e podem levar as
investigações à campanha presidencial de 2010 – quando a presidente Dilma
Roussef foi eleita sucessora de Luiz Inácio Lula da Silva.
Marta Coerin foi um
dos alvos da Operação Pixuleco. Ela trabalha atualmente no PT, segundo registro
oficial, e foi funcionária da JD Assessoria e Consultoria – do ex-ministro.
Policiais federais levaram a
investigada coercitivamente, nesta segunda-feira, para prestar esclarecimentos
na sede da Polícia Federal, em São Paulo.
Relatório da PF
anexado aos pedidos de prisão de Dirceu e de condução de coercitiva de Marta
mostram que sua irmã Marcia Coerin, que também teve vínculos empregatícios com
o PT e coma JD Assessoria trabalhou na equipe que cuidava da agenda de campanha
de Dilma, em 2010.
O nome das irmãs foi
citado pela primeira vez nos autos da Lava Jato nas delações de Milton
Pascowitch.
Segundo ele, a empresa
Consist Software repassou por seu intermédio “subrepticiamente, valores para o
Partido dos Trabalhadores através de João Vaccari Neto”.
Foram R$ 15 milhões,
por meio de contratos de consultoria simulados entre a Jamp Engenheiros
Associados, que pertencia a ele, para pagamentos de propina.
“Os repasses, de cerca de R$ 12
milhões, teriam sido feitos em espécie. Parte dos valores teria sido recebida
por emissária de nome Marta Coerin”, informa o Ministério Público Federal.
“Marta foi indicada
como pessoa emissária de (Renato) Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobrás)
responsável por recolher dinheiro em espécie com Milton”, informou a PF. “Pesa
sobre ela o fato de estar envolvida também com a prática de artifícios para iludir
as autoridades públicas em relação a pagamentos de propina.”
“Em uma ocasião
(Pascowitch) recebeu uma portadora no Rio de Janeiro, enviada por João Vaccari,
de nome Marta, que foi até a residência do declarante no Rio de Janeiro e lá
recebeu R$ 300 mil”, registra o MPF.
“Marta tem como
particularidade ser irmã gêmea de outra pessoa conhecida do declarante, uma vez
que trabalhava na JD Consultoria, empresa de José Dirceu, como auxiliar
administrativa.”
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