Moro condena Cerveró e Baiano
Foto: Estadão |
A Justiça Federal do Paraná condenou nesta segunda-feira, 17, o
ex-diretor Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró, os lobistas Fernando
Baiano Soares, ligado ao PMDB, e Julio Camargo, delator que acusou o presidente
da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de pressioná-lo por uma propina de US$ 5
milhões, em 2011. Cunha não é réu na ação. Ele detém foro
privilegiado perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e está sob investigação
da Procuradoria-Geral da República.
Moro comunicou sua decisão condenatória ao ministro Teori
Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo. O juiz tomou essa medida para
rechaçar a investida das defesas de Cerveró e Baiano, que tentaram puxar o
processo para a Corte máxima, sob alegação de que no processo sob a sua guarda
houve a citação ao parlamentar.
Em sentença, o juiz Sérgio Moro,
que conduz as ações da Operação Lava Jato, impôs a Cerveró 12 anos, três meses
e dez dias de reclusão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Esta é a segunda condenação de Cerveró. Em maio, o juiz Moro aplicou 5 anos de
pena ao ex-diretor, pelo crime de lavagem de dinheiro na compra de um
apartamento de luxo em Ipanema, no Rio.
O doleiro Alberto Youssef,
personagem central da Lava Jato, que também era acusado na mesma ação, foi
absolvido.
Baiano, apontado como braço do
PMDB no esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás entre 2004 e 2014,
pegou 16 anos, um mês e dez dias de reclusão.
Julio Camargo, o delator, foi
condenado a 14 anos de reclusão, mas beneficiado pela colaboração prestada à
Lava Jato, teve sua pena reduzida para cindo anos em regime aberto. Terá de
cumprir as seguintes condições: “prestação mensal de trinta horas de serviços
comunitários a entidade pública ou assistencial; apresentação bimestral de
relatórios de atividades; comunicação e justificação ao Juízo de qualquer
viagem internacional nesse período.” (Agência Estado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário