sexta-feira, 10 de julho de 2015

Bom Dia!

Estamos em guerra!


Decididamente, somos sobreviventes de uma guerra onde só o inimigo tem armas. Nós somos proibidos, pela lei, de portar qualquer tipo de arma, o que não ocorre com os marginais que possuem os mais modernos e sofisticados tipo de armamento.

Quando saímos de casa, dificilmente sabemos informar se voltaremos, se seremos assaltados ou levados para um hospital, gravemente feridos.

Na noite de quarta-feira, um jovem de 18 anos, estudante do primeiro ano do ensino médio, turno da noite, foi assaltado e ferido com gravidade a golpes de faca por alguém, provavelmente um jovem como ele, que levou seu aparelho celular.

O assalto aconteceu a cerca de 50 metros da entrada no Colégio Protásio Alves, em plena Avenida Ipiranga, certamente uma das mais movimentadas de Porto Alegre. Mesmo ferido, o estudante ainda caminhou até a entrada da escola onde caiu desmaiado. Agora está internado, em estado gravíssimo, na UTI do Hospital de Pronto Socorro.

A diretora do Protásio Alves contou que os assaltos nas proximidades da escola são frequentes, principalmente contra as meminas, que são agredidas a soco pelos assaltantes. Nos últimos 20 dias, informou a diretora, foram 15 assaltos e os marginais sempre estão armados com facas.

Fico pensando no estudante esfaqueado para entregar o celular e me dou conta que, provavelmente, se trata de um jovem que trabalha durante o dia e estuda no turno da noite para poder ter algum tipo de formação. Ao mesmo tempo, fico imaginando que o assaltante deve ser um desocupado, drogado, normalmente jovem como o estudante, que roubou o celular para vender e comprar drogas. Se for "di menor", e for preso, fica alguns dias na FASE e volta à ruas para roubar e ferir mais alguém.

Até agora, não li nada a respeito de que alguém ligado ao movimento dos Direitos Humanos, tenha prestado qualquer tipo de assistência ao jovem estudante assaltado. Agora, imaginem se fosse o assaltante que saísse ferido!

Enquanto isso, funcionários da Carris que trabalham em ônibus que atendem as zonas Leste e Sul de Porto Alegre, decidiram não trabalhar. Motivo: absoluta falta de segurança. Motoristas e cobradores dizem que os assaltos vem aumentando e fica cada vez mais perigoso passar pelas avenidas Antonio de Carvalho e parte da Protásio Alves.

Estamos ou não estamos vivendo em tempos de guerra? 

Lamentavelmente, na guerra com os assaltantes e marginais, somos somente alvos sem qualquer poder de reação. A lei não permite.

Tenham todos um Bom Dia!










Música: Sentado a beira do caminho
Autores: Roberto e Erasmo Carlos
Interpretes: Roberto e Erasmo Carlos
Pedidos: Marlene Soares, Carmen Estivalet, Vladimir Santos, Heraldo Machado





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