domingo, 26 de abril de 2015

Reforma política

Igreja pede apoio ao PT

Site do Políbio Braga*

Os fiéis católicos que foram ontem à noite, sexta-feira, até a novena pela Festa da Nossa Senhora do Trabalho, que acontecerá no dia 1º de maio na zona norte de Porto Alegre, foram surpreendidos pelo anúncio feito dentro da igreja, a mando do padre Alcides José Viergutz, segundo o qual todos deveriam ir até o altar para assinar proposta de reforma política apresentada pela "Coalizão pela Reforma Política Democrática" na forma de um projeto de lei do PT.

Isto acontece em todas as igrejas do RS, mas o projeto não é apresentado aos fiéis, que assinam tudo em branco. 

A ordem é da Arquidiocese e vale para todas as igrejas católicas do RS.

A Paróquia Santuário Nossa Senhora do Trabalho fica na avenida Benno Mentz 1560, Vila Ipiranga, zona Norte.

O projeto do PT, apoiado pela CNBB, que nem foi mostrado aos fiéis da novena de ontem a noite, contempla itens absolutamente contestáveis. (1) A proibição do financiamento de campanha por empresas, termo que apresenta um componente ideológico escandaloso, excluindo as empresas - representadas por seus proprietários - de se posicionarem em um plano da vida pública que é determinante para o exercício de suas atividades. (2) Eleições proporcionais em dois turnos, processo que, ao contrário da economia advogada no projeto, geraria um gasto monstruoso de recursos públicos. (3) Paridade de gênero, com o estabelecimento descabido do sexo - e não da competência e qualificação - como critério para pleitear o exercício de um mandato político. 

Mas o elemento que definitivamente compromete o apoio da CNBB à proposta de reforma política é o fortalecimento dos mecanismos de "democracia direta". Trata-se de uma forma de inserir a "sociedade civil" nas decisões que envolvem "questões de grande relevância nacional", colocando-a na elaboração e na condução de plebiscitos e referendos. 

Acontece que a "sociedade civil" será representada - não pelo cidadão comum -, mas por uma série de organizações e "movimentos sociais" como MST, CUT, UNE, CTB, UBM, CONTAG, ABONG, ou seja, quase todos aparelhos do PT e seus aliados. Estes grupos - que assinam a proposta de reforma política com a CNBB - serão inseridos nas instâncias decisórias da vida pública e eles irão definir quais são as "questões de grande relevância nacional". 

Grupos que contrariam frontalmente os princípios e orientações da Igreja Católica: disseminam a luta de classes; promovem atividades criminosas contra o patrimônio público e privado; estão comprometidos com a ideologia de gênero; exigem a legalização das drogas e a implantação definitiva do aborto.É, claramente, que o projeto maquia um consórcio para administrar as "questões de grande relevância nacional" e realizá-las.

Já existe forte movimento em Porto Alegre e em várias cidades brasileiras, pelo qual os fiéis da Igreja católica exigem que a CNBB volte atrás na sua aliança com a vanguarda do atraso da esquerda e seus aliados dos movimentos dos ressentidos sociais.

*Publicado no site do jornalista Políbio Braga

Meu comentário:

As perguntas que ficam, são: A senhora e o senhor, que são católicos, que frequentam a igreja, apoiam a atitude do padre Alcides, da Igreja Nossa Senhora do Trabalho? Será que ele pediria aos fiéis que assinassem uma lista contra o projeto petista de reforma política? É lícito usar a igreja para pedir aos fiéis que assinem uma manifestação claramente política partidária? Não seria o momento de reunir todos os paroquianos e questionar o padre sobre o fato? Não seria o momento de pedir satisfações aos responsáveis pela Igreja Católica no RS?

Machado Filho

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