32 cidades no país, dia 15
Os grupos que estão organizando protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no próximo domingo compartilham a insatisfação com o governo federal, mas divergem sobre um pedido de impeachment. Ativos na internet, onde já somam dezenas de milhares de seguidores, esses grupos se dividem entre os que reivindicam para já a adoção dessa medida, contra outros que ainda esperam por um fato que dê margem legal a uma decisão dessa natureza.
Até ontem, havia atos confirmados em
32 cidades no Brasil, além de Boston, nos Estados Unidos, e Sidney, na
Austrália, segundo levantamento do Movimento Brasil Livre. A organização, que
defende o liberalismo econômico e a participação mínima do Estado na economia,
se posicionou a favor do impeachment, segundo um dos seus coordenadores, Kim
Kataguiri:
— A pauta principal é o impeachment.
Já há pareceres jurídicos que embasam isso. Se a presidente não falhou por
dolo, falhou por culpa.
O movimento Vem Pra Rua, que também
tem divulgado os protestos na internet, se diz contra o impeachment. Comandado
por cerca de 20 empresários, o grupo, que também participou de movimentos
contra a Dilma após as eleições de 2014, defende “mais transparência, mais
ética, mais iniciativa privada e menos Estado inchado”.
— São grupos diferentes que têm em
comum o desejo de mudança e a total insatisfação com o governo Dilma. Mas nós
temos opiniões diferentes sobre como fazer essa mudança — diz o empresário
Rogerio Chequer, de 46 anos, um dos líderes do Vem Pra Rua. — Somos a favor de mudanças
dentro da Constituição. Entendemos que ainda falta base legal para um
impeachment. Mas, se houver, seremos a favor. (Agência Globo)
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