terça-feira, 10 de março de 2015

Todos na rua

Grupos preveem atos em
32 cidades no país, dia 15


Os grupos que estão organizando protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no próximo domingo compartilham a insatisfação com o governo federal, mas divergem sobre um pedido de impeachment. Ativos na internet, onde já somam dezenas de milhares de seguidores, esses grupos se dividem entre os que reivindicam para já a adoção dessa medida, contra outros que ainda esperam por um fato que dê margem legal a uma decisão dessa natureza.

Até ontem, havia atos confirmados em 32 cidades no Brasil, além de Boston, nos Estados Unidos, e Sidney, na Austrália, segundo levantamento do Movimento Brasil Livre. A organização, que defende o liberalismo econômico e a participação mínima do Estado na economia, se posicionou a favor do impeachment, segundo um dos seus coordenadores, Kim Kataguiri:
— A pauta principal é o impeachment. Já há pareceres jurídicos que embasam isso. Se a presidente não falhou por dolo, falhou por culpa.

O movimento Vem Pra Rua, que também tem divulgado os protestos na internet, se diz contra o impeachment. Comandado por cerca de 20 empresários, o grupo, que também participou de movimentos contra a Dilma após as eleições de 2014, defende “mais transparência, mais ética, mais iniciativa privada e menos Estado inchado”.
— São grupos diferentes que têm em comum o desejo de mudança e a total insatisfação com o governo Dilma. Mas nós temos opiniões diferentes sobre como fazer essa mudança — diz o empresário Rogerio Chequer, de 46 anos, um dos líderes do Vem Pra Rua. — Somos a favor de mudanças dentro da Constituição. Entendemos que ainda falta base legal para um impeachment. Mas, se houver, seremos a favor. (Agência Globo)

 

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