terça-feira, 17 de março de 2015

Bom Dia!

Humildade, diálogo e democracia



De uma hora para outra, logo depois de ver multidões nas ruas do Brasil protestando contra Dilma e o PT, o governo decidiu adotar um discurso conciliador. A empáfia, tão comum entre os petistas

Já na entrevista dos ministros Eduardo Cardozo e Miguel Rosseto, principalmente no tom das palavras do primeiro, se viu que era preciso demonstrar que o recado dos brasileiros tinha sido entendido e que várias providências seriam tomadas.

Ontem, discursando na assinatura do novo Código Civil e em entrevista coletiva, a presidente parecia outra pessoa, sem a arrogância de quando enfrentou a campanha eleitoral, mentindo sobre as providências que tomaria nos primeiros dias no do novo mandato. Até sem a empáfia com que , desmentindo tudo o que havia prometido, anunciou o pacotão de medidas que caiu como um peso quase insuportável sobre as costas de todos nós.

Dilma falou em humildade, admitiu que pode ter cometido erros (e cometeu) e salientou a necessidade de dialogar com a sociedade, coisa que nunca fez, a não ser com aqueles setores que lhe garantiriam votos. Não esqueceu de repetir o que seus ministros já haviam dito e destacou a importância de uma reforma política. Se bem que, depois de 12 anos no poder, fica difícil entender que somente depois de ver uma multidão nas ruas, o governo passe a encarar a reforma política como de extrema necessidade.

Mas, enquanto Dilma e seus ministros anunciavam uma luta feroz contra a corrupção, com medidas já anunciadas em outras oportunidades, o Ministério Público Federal dava início , começou a dar lugar a manifestações mais amenas onde se destacam as palavras humildade, diálogo e democracia.
a 10ª etapa da Operação Lava Jato. Paralelamente aos discursos do Planalto, a Polícia Federal prendia Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, elo do PT no esquema, e João Vaccari Neto, tesoureiro do partido e responsável pela arrecadação de propinas que, sutilmente, foram transformadas em doações oficiais de campanha.

Ambos, conforme o MPF, estão envolvidos no desvio de R$ 135 milhões em quatro obras da Petrobras. Desse recurso, pelo menos R$ 4,2 milhões abasteceram o caixa do PT através de 24 doações legais usadas como forma de ocultar sua verdadeira origem. ”O pagamento de propina era disfarçado em pagamento eleitoral, apenas com aparência licita”, afirmou o procurador que coordena a força-tarefa da operação.

Claro que os advogados de Duque e Vaccaria, imediatamente fizeram declarações em defesa de seus clientes, afirmando que ambos são inocentes e que nunca ouviram falar o nome dos delatores. Para o presidente do PT, todas as doações eleitorais feitas ao partido, é claro, são legais e foram aceitas pelo Justiça Eleitoral.

Humildade, diálogo e democracia são palavras que entusiasmam quem escuta a presidente falar. Mas de que adiantam se, ao mesmo tempo, seus aliados mais próximos estão cada vez mais envolvidos em um esquema de corrupção que, sob o manto da “legalidade” encheu os cofres do PT e financiou sua campanha eleitoral?

Tenham todos um Bom Dia!

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