As obras na
cidade
Machado Filho
Durante uma
ida para casa, quando passamos por uma obra da prefeitura, o taxista comentou
comigo que “Porto Alegre é a cidade das obras inacabadas”. Daí lembrei de um
outro taxista que, na semana passada, comentou comigo que “a cidade precisava
de mais obras para evitar congestionamentos”.
Quando a
prefeitura decidiu asfaltar a rua onde uma conhecida minha mora, obra reclamada
por muitos anos, ela me disse que um vizinho estava furioso pois não podia
entrar com o carro no estacionamento enquanto a colocação do asfalto não
acabasse.
Hoje, ao ler
a notícia de que a prefeitura pretende entregar cinco obras programadas para a
Copa, no próximo mês de outubro, lembrei dos fatos que contei acima. Como deve
ser difícil administrar uma cidade como Porto Alegre e, ao mesmo tempo, contentar
a todos.
Se as cinco
obras prometidas forem realmente entregues em outubro, teremos oito, das 15
programadas, totalmente concluídas. É pouco? Vejamos.
O
prolongamento da Edvaldo Pereira Paiva, com todos os atos programados pelos
ambientalistas, com todos os acampamentos formados pelos que protestavam, foi
concluído. Para quem, como eu, utiliza a Beira Rio, trata-se de uma obra fundamental
para o escoamento do trânsito, principalmente para quem mora ou trabalha na
Zona Sul. Os que eram contra, certamente usam a avenida para trafegar com seus
carros, sem congestionamentos.
O viaduto da
Júlio de Castilhos, não desafogou o trânsito no entorno da Rodoviária? Até quem
reclamou muito das tranqueiras durante as obras, hoje desfruta das facilidades
que a obra trouxe.
Com a
promessa de que em outubro estarão concluídos os BRTs da Bento
Gonçalves, Protásio
Alves e João Pessoa, além das trincheiras da Cristóvão Colombo e Anita
Garibaldi, acredito que um grande avanço no desafogo do trânsito será
alcançado. Sem contar que a duplicação da Voluntários da Pátria está prevista
para junho.
Para os que reclamam,
algumas vezes co razão, lembro o que disse o prefeito José Fortunatti, quem
sabe o maior interessado na conclusão das obras.
- Cada uma
delas é uma verdadeira novela. A gente planeja, tem um cronograma, mas as dificuldades
vão aparecendo.
Para
Fortunatti, além das cinco obras prometidas para outubro, existem outras e grandes
preocupações. Um exemplo é o da trincheira da Avenida Ceará. Lá, o trabalho
durante o dia, não foi autorizado. Outro, é o
da avenida Tronco, já que são grandes as dificuldades para a contratação de empreiteiras
que ergam moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, para os moradores do
local.
Como morador
de Porto Alegre, usuário de quase todas as obras, prontas e prometidas, me
confesso otimista por entender que todas elas, mesmo que com uma certa demora, acabarão
por transformar a paisagem da cidade.
Sem contar, é
claro, com a revitalização do Caís Mauá, que depois de todos os entraves burocráticos
e principalmente políticos, deverá estar concluído antes do final do mandato de
Fortunati.
Quem estiver
aqui para desfrutar de todas estas obras, certamente vai agradecer.
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