segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Perícia

Jango não foi envenenado

Foto: Getty Images
O laudo pericial dos restos mortais do ex-presidente João Goulart não encontrou sinais de envenenamento, informou nesta segunda-feira (1º) a Polícia Federal. O resultado foi apresentado pela PF e pela ministra Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. De acordo com os peritos responsáveis, apesar de não ter sido encontrado sinal de veneno, a hipótese de envenenamento não pode ser completamente negada, porque os anos passados entre a morte do ex-presidente e a perícia podem ter prejudicado os dados.

Os exames dos restos mortais começou em 2013, a pedido da Comissão Nacional da Verdade. Jango, exilado da ditadura militar, morreu na Argentina, em 1976. Para a família, ele teria sido assassinado em uma ação da Operação Condor, aliança entre as ditaduras militares da América do Sul nos anos 1970 para perseguir opositores dos regimes. A suspeita levantada era de envenenamento por cápsula colocada no frasco de medicamentos que ele tomava para combater problemas no coração.

"Nenhum medicamento tóxico ou veneno foi identificado nas amostras analisadas", afirmou o perito Jeferson Evangelista, da PF. "Assim, os resultados de todos os nossos exames podem concluir que os dados clínicos, as circunstancias relatadas pela esposa, são compatíveis com morte natural. Um enfarto agudo do miocárdio pode ter sido a causa de morte do presidente, assim como foi registrado no certificado de óbito? Sim. Como poderia ter sido causada por outras patologias cardíacas ou até mesmo por patologias cerebrovasculares", afirmou.

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