Procurador quer retirar do ar
O procurador-geral Eleitoral,
Rodrigo Janot, defendeu a suspensão das propagandas veiculadas pela campanha da
presidente Dilma Rousseff que criticam a proposta da adversária Marina Silva de
conceder autonomia operacional ao Banco Central (BC). Em parecer encaminhado ao
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta segunda-feira, Janot considerou as
peças irregulares ao reconhecer que eles pretendem criar "artificialmente
na opinião pública estados mentais, emocionais ou passionais". Tal conduta
é proibida pelo Código Eleitoral. A manifestação de Janot pode ser acatada pelo
TSE no julgamento do mérito das três ações da campanha de Marina que
questionaram a propaganda. O caso deve ser analisado nos próximos dias.
Os advogados da candidata do PSB recorreram na semana
passada ao tribunal contra a campanha sob a alegação de que a chapa de Dilma
pratica "verdadeiro estelionato eleitoral" ao distorcer a proposta da
adversária, uma vez que induz à percepção de que os bancos seriam os
responsáveis pela condução da política de controle de juros e de inflação. Os
advogados da candidata do PSB sustentam que a propaganda cria uma "cenário
de horror" com a implantação da autonomia do BC ao chegar ao "absurdo
terrorismo" de que a medida esvaziaria os poderes do presidente da
República e do Congresso.
A propaganda, que foi ao ar nos dias 9, 11 e 12 de
setembro e também em inserções durante o dia, mostra uma família sentada ao
redor de uma mesa de refeição e mostra a comida sendo retirada aos poucos dos
comensais à medida que um narrador fala das supostas consequências da autonomia
do BC. (Agência Estado)
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