Epidemia está se transformando em ameaça planetária
A epidemia causada pelo vírus ebola
está se transformando em uma ameaça planetária. Nesta terça-feira (5), surgiu o
primeiro caso suspeito na Arábia Saudita. E o medo do vírus já altera os voos
da principal companhia aérea do Reino Unido.
A companhia aérea British Airways
suspendeu seus voos até o fim do mês para a Libéria e Serra Leoa.
Nas ruas da Nigéria, o país mais
populoso da África, os moradores estão com medo. Só na cidade de Lagos - uma
das maiores do mundo - vivem 21 milhões de pessoas.
Um médico teve a doença confirmada
e está em tratamento. Pelo menos oito pessoas esperam o resultado dos testes.
As autoridades de saúde da Nigéria admitiram que o país não tem estrutura para
conter o avanço do vírus.
Na Libéria, um missionário espanhol
teve a doença confirmada. Ele está no isolamento com outros cinco colegas que
podem estar infectados.
Na Arábia Saudita, um homem que
chegou de Serra Leoa com sintomas também está internado à espera do exame.
Nos Estados Unidos, os dois
missionários tratados com o soro experimental estão melhorando.
Líderes de países africanos estão
reunidos em Washington para discutir políticas de desenvolvimento para o
continente, mas o vírus ebola acabou sendo o principal assunto da abertura do
encontro.
O presidente do Senegal - Macky
Sall - disse: "A comunidade internacional deve estar ciente de que o ebola
é um vírus devastador. Esta não é uma doença africana. O vírus é uma ameaça
contra a humanidade”.
O presidente Barack Obama afirmou:
"Estamos trabalhando juntos para controlar o surto. Os cidadãos afetados
pelo vírus estão em nossos pensamentos e orações hoje”.
Nigéria confirma
novos casos de ebola e duas mortes
Epidemia já causou quase 900 mortes em quatro países
A Nigéria confirmou nesta
quarta-feira (6) cinco novos casos de ebola em Lagos e uma segunda morte pelo
vírus, o que eleva o total de casos na maior cidade da África subsaariana a
sete.
"A Nigéria registrou sete
casos confirmados do vírus ebola", afirmou o ministro da Saúde, Onyebuchi
Chukwu, após a confirmação de um segundo caso na segunda-feira (4).
Os mortos no país são um liberiano
que chegou infectado a Lagos em 20 de julho e uma enfermeira que atendeu o
paciente, segundo o ministro.
"Todos os nigerianos
diagnosticados com o vírus ebola foram contatos primários de Patrick Sawyer,
que trabalhava para o ministério das Finanças da Libéria e foi contagiado por
sua irmã", explicou Chukwu.
Sawyer viajou a Nigéria, o país de
maior população do continente africano, para participar em uma reunião de
políticos do oeste da África.
Ele morreu em quarentena no dia 25
de julho e, desde então, o hospital no qual ficou internado foi isolado.
Os cinco pacientes com ebola são
atendidos em um local isolado em Lagos, informou o ministro.
Desde o início do surto da doença,
há alguns meses, a febre hemorrágica provocou a morte de quase 900 pessoas e
infectou mais de 1.600 na África ocidental. Os outros casos foram registrados
em Guiné, Libéria e Serra Leoa.
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