Os anjinhos do PSOL
O sentimento que tenho, após ouvir a ex-deputada Luciana
Genro, advogada que representa pelo menos dois dos sete indiciados pelos ataques
ao prédio do Palácio da Justiça, não sei se é de perplexidade, de espanto ou de
descrença total em quem se posiciona em relação aos ataques que são feitos
contra o patrimônio público sob o argumento de defender alguma causa.
Lembrando que a Polícia indiciou alguns dos suspeitos de
formarem um grupo de ataque que se infiltrou nos movimentos sociais para
depredar prédios e agredir pessoas. Entre os indiciados estão jovens ligados ao
PSOL e ao PSTU, suspeitos de formação de milícia para praticar atos delituosos.
Para o delegado Marco Antonio de Souza, responsável pelo
inquérito, existem muitas provas como imagens, testemunho de pessoas sem
qualquer ligação com o poder público, que mostram a participação dos
indiciados. Para o delegado, os indiciados estiveram reunidos dias antes das
manifestações, para planejar os atos que culminaram com a depredação do TJ e
agressão a um policial militar, além de outros fatos.
Agora, ouvindo a advogada Luciana Genro, confesso que fiquei
com a sensação clara de que estava nos anos 60 ao escutar a ex-deputada afirmar
que “a polícia é parte da defesa dos interesses da burguesia” e que o
indiciamento faz parte do que pensam as “grandes representações da classe
dominante”. Luciana afirmou que teve acesso ao processo e não encontrou
qualquer prova da participação de seu companheiro de partido, Lucas, “um menino
que conheço por sua grande liderança nas atividades partidárias do PSOL”.
Depois de classificar o indiciamento como uma tentativa de criminalizar “um
movimento legítimo em defesa do transporte público e de outras reivindicações
do povo”, a ex-deputada pediu que o “MP tenha uma responsabilidade maior em
suas decisões” e afirmou que “quem é contra este tipo de movimento, não quer
discutir soluções”.
Foi quando lembrei da presença, inclusive de representantes
do PSOL, nas manifestações de vândalos e baderneiros que quebraram o Ginásio Tesourinha,
impedindo que acontecesse ali uma audiência publica para discutir exatamente o
transporte coletivo. Eles, provavelmente, não querem discutir soluções para o
problema.
Não posso garantir, mas imagino que entre os que não
permitiram a audiência, quebrando tudo, jogando pedras e rojões no meio dos
participantes, estavam os anjinhos do PSOL, defendidos pela advogada Luciana Genro.
Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!
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