quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Bom Dia!

Um greve preocupante!
Foto: Jornal do Comércio
A greve dos rodoviários completa hoje seu 10º dia. Mais de 1 milhão de pessoas sofrem, faz 10 dias, para conseguir chegar ao trabalho, tratar de seus interesses particulares, ir ao médico para aquela consulta no SUS, marcada faz mais de seis meses, fazer o que as pessoas fazem normalmente no seu dia-a-dia. Por decisão de cerca de 1,3 mil rodoviários que assinaram, obrigatoriamente, a lista de presenças ao Ginásio Tesourinha, a greve foi mantida e só Deus sabe quando vai acabar.
Analisando o que vem ocorrendo, começo a me preocupar muito com os rumos do movimento de paralisação dos rodoviários. Além da falta de transporte, o que afeta profundamente a vida dos cidadãos, vejo que as lideranças começam a mudar e a esquerda radical já passa a dominar as decisões. É só atentar para o que disse o diretor de relações sindicais, Cláudio Corrêa, da Força Sindical, na ZH de hoje:
- O Movimento Independente Rodoviário (MIR) é liderado pelo Bloco de Luta, PSOL e PSTU. Estão travestidos de rodoviários. Estamos preocupados, há líderes que fazem parte da comissão, mas não trabalham com a categoria. Atuam com a orientação do partido político.
Mais preocupante ainda foi a posição assumida por um dos principais líderes do movimento, Luis Afonso Martins, servidor da Carris e militante da A CUT Pode Mais e Bloco de Luta, ao propor sitiar Porto Alegre. As entradas e saídas da cidade seriam fechadas, ampliando o caos e a pressão sobre autoridades e empresários, forçando o atendimento das reivindicações. A seguir, o movimento conquistaria a simpatia  dos sindicatos de rodoviários da região Metropolitana, exportando a greve. Seria o colapso da zona mais populosa do Estado.
Absolutamente claro e convicto, Luis Afonso disse ao jornal ZH:
- Estamos discutindo com as demais categorias em greve como Correios e Saúde e também com o Bloco de Luta, estudantes, sindicatos e apoiadores, para fazermos um movimento maciço, de impacto, para denunciar a opressão que os operários sofrem da patronal. A idéia é agir num futuro bem próximo.
Sobre a ameaça dos empresários de demissão dos grevistas, Alceu Weber, do MIR, foi taxativo:
- Se demitirem um, vão ter de demitir 8,5 mil. Estamos fechados nesta causa.

Não é de ficar preocupado? São 10 dias de uma greve que pode ter consequências trágicas para Porto Alegre.

Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!

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