Comissão
arquiva pedido de investigação
A
Comissão de Ética Pública da Presidência arquivou nesta quarta-feira o pedido
de investigação sobre os gastos da presidente Dilma Rousseff em viagem secreta a Lisboa, onde
passou quinze horas no sábado. O pedido para apurar se houve excesso nas
despesas durante o pernoite de Dilma, quando ela e sua comitiva gastaram
mais de 71.000 reais com hospedagem e alimentação, foi protocolado nesta terça
pelo PSDB.
De acordo com o presidente do colegiado, Américo Lacombe, a
comissão não tem competência de julgar a Presidência ou a vice-presidência da
República. “Nós só podemos julgar de ministro para baixo. Foi unanimidade”,
disse Lacombe. 'Nós somos o órgão auxiliar da presidente, a auxiliamos a
fiscalizar os funcionários”, continuou.
Dilma fez uma escala sigilosa em Portugal depois
de participar do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, na
sexta-feira, enquanto sua agenda oficial informava que ela seguiria direto para
Havana, em Cuba. Após a aparição da presidente ter sido divulgada pela imprensa
local, o governo brasileiro chegou a justificar a alteração na rota como uma
medida tomada de última hora porque a aeronave não teria autonomia para voo
direto entre os países. O governo português, no entanto, desmentiu a versão e
afirmou que fora comunicado sobre a viagem com dois dias de antecedência.
O colegiado também arquivou a representação
contra o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, apresentada pelos tucanos.
O ministro repassou à Polícia Federal documentos que envolviam políticos de
oposição no cartel do metrô de São Paulo e deixou de investigar o presidente do
Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Vinícius Carvalho, no caso.(Com
VEJA/Conteúdo)
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