quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Sétima alta consecutiva

Taxa básica de juros chega a 10,5%
Banco Central tenta conter alta de preços com elevação de custos de empréstimos

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira, em Brasília, que elevou a meta da taxa básica de juros da economia em 0,5 ponto percentual, de 10% ao ano para 10,5%. É a sétima elevação consecutiva da taxa, que sobe desde abril do ano passado. O aumento é maior do que esperava a maioria das instituições financeiras, que apontavam para alta de 0,25 ponto.
"Dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa básica de juros, iniciado na reunião de abril de 2013, o Copom decidiu por unanimidade, neste momento, elevar a taxa Selic em 0,50 p.p. (ponto percentual), para 10,50% ao ano, sem viés", informou o Copom em comunicado, praticamente repetindo o texto que utilizado no encontro anterior, acrescentando apenas a expressão "neste momento".
"Eles tentaram deixar mais claro ainda o que tinham indicado no último comunicado: que está próximo do final do ciclo, que esse ritmo de 0,50 (ponto de alta) não se mantém para as próximas reuniões", afirmou a economista do Santander Brasil Tatiana Pinheiro, para quem a Selic chegará a 11% neste ano.
A taxa básica de juros serve de base para todas as outras praticadas na economia. Isto porque é a taxa que o governo paga por seus títulos – ativo de menor risco para investimento. Com a taxa com menor risco subindo, as instituições financeiras tendem a subir também as taxas para emprestar para pessoas físicas e empresas, já que o risco para emprestar para eles é maior do que para o governo.
Com taxas mais altas para empréstimos, fica mais difícil para pessoas físicas consumirem – o que freia a atividade econômica, reduz a demanda e a possibilidade de aumento de preços. E esse é o objetivo e a função do Banco Central: controlar a inflação.
Por outro lado, fica mais caro também para as empresas pegarem dinheiro emprestado para crescerem e aumentarem a oferta: outra maneira de frear a inflação. Para evitar esse problema, o governo possui um banco próprio para empresas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que cobra juros que não são atrelados à taxa básica.
Desde abril do ano passado, quando o Copom iniciou a série de altas da taxa, os juros básicos pularam de 7,25% ao ano para os atuais 10,5%.
Com informações da Reuters.(Agência Reuters)


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