sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Bom Dia!

Cara de palhaço, roupa de palhaço...
A letra do samba que embalou um tempo muito bom da minha juventude cabe perfeitamente no momento em que vivemos o surrealismo de uma greve, ilegal, no transporte coletivo em Porto Alegre. Resumindo, fomos dormir com a notícia de que um acordo assinado no Tribunal Regional do Trabalho garantia a presença de, pelo menos, 50% da frota de ônibus nas ruas, a partir de hoje. Sono tranquilo!
Acordei, tomei um banho frio, cheguei a cantar no chuveiro e resolvi ligar o computador para saber como estava o transporte de passageiros na cidade. Surpresa! Os rodoviários decidiram, depois de decidirem que voltariam ao trabalho, que não voltariam mais. A alegação é de que o acordo teria sido assinado pela diretoria do Sindicato, sem consulta aos rodoviários em geral. Para eles, o acordo assinado no TRT não valia nada. E os ônibus ficaram nas garagens.
A que ponto chegamos, amigos. Um acordo, assinado na Justiça, não vale mais nada. Os rodoviários, que elegeram os dirigentes sindicais como seus representantes, decidiram que eles não representam nada. Cruzaram os braços e não permitiram que quem queria trabalhar, saísse com os ônibus das garagens. A coisa fica ainda mais feia quando o próprio governador do RS, diante da solicitação do prefeito de colocar a Brigada Militar para garantir o transporte do cidadão, disse que só libera a BM se a Justiça mandar. E a Justiça manda alguma coisa, governador?
Agora o prefeito diz que vai esperar e, caso a BM não seja acionada, vai solicitar a presença da Força Nacional de Segurança. Fortunati autorizou, inclusive, que as vans escolares transportem passageiros que estiverem nas paradas.
Pelo menos uma coisa ficou clara, para mim, com a decisão dos rodoviários; ninguém acredita ou cumpre o que a Justiça manda. Estamos caminhando, rapidamente, para o caos.
E, como diz o samba, vamos vivendo com “cara de palhaço, roupa de palhaço...”

Fiquem com Deus e tenham todos um Bom Dia!

Nenhum comentário:

Postar um comentário